Grades eram alvo de críticas entre alunos e professores

Depois de três anos cercado, o prédio da reitoria da (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) voltou a ter livre acesso, na manhã desta segunda-feira (9). As grades eram alvo de críticas, pois, impediam a livre circulação dentro da instituição federal. 

As grades foram instaladas em outubro de 2013, na gestão da então reitora Célia Maria Silva Correa Oliveira, aproximadamente um mês após a ocupação do prédio por estudantes. Na época, a comunidade acadêmica reclamou da medida que foi chamada de autoritária, pois não teria sido discutida.

A retirada das grades uma das reivindicações dos docentes da Universidade, encaminhada em carta aberta pela Adufms-Sindicato (Associação dos Docentes da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) aos dois candidatos que concorreram à reitoria no ano passado, após ampla consulta a todos os campi.

Com isso, a retirada foi um dos pontos do plano de gestão do candidato à reitor pela chapa MUDE (Movimento Universidade Diferente e Eficiente), Marco Aurélio Stefanes, na disputa pela reitoria em 2016. A medida também foi incorporada pelo então candidato, Marcelo Turine, que foi o eleito para o cargo.

Ocupação e grades

Em 2013, o prédio da reitoria foi ocupado pelos estudantes por duas vezes: em agosto e setembro. Os alunos reivindicavam a saída da reitora, – Celia Maria era impopular especialmente entre os acadêmicos e que na formação da lista tríplice encaminhada ao MEC (Ministério da Educação), não obteve maioria dos votos, porém conseguiu ficar em primeiro lugar por conta do peso dos votos dos docentes- entre outras medidas como moradia estudantil, restaurante universitário, creche e paridade nas decisões. 

Na primeira ocupação, os estudantes permaneceram por quase uma semana e só saíram após uma ordem judicial. Após a segunda ocupação, a reitora mandou que as grades fossem instaladas. 

Além dos estudantes, as grades eram criticadas dos dois sindicatos que representam os trabalhadores: Adufms-Sindicato e pelo Sista (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) que representa os servidores. A assessoria de imprensa da UFMS alegou à época que se tratava apenas “de uma questão de segurança e que outros prédios do campus também receberiam proteção”.

Em 2014, após a instalação das grades, os acadêmicos voltaram a se manifestar no local, dessa vez, do lado de fora das grades. 

Foto: Carol Caco/Adufms-Sindicato