Crise desanima até desempregado de buscar lugar no mercado do trabalho
Busca por emprego caiu 58% em Campo Grande
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Busca por emprego caiu 58% em Campo Grande
Mesmo com taxa recorde de desemprego que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), atingiu 13,7% e afeta 14,2 milhões brasileiros, a procura por trabalho no estado e na capital diminuiu, conforme mostram dados fornecidos pela Funtrab e Funsat. No primeiro trimestre de 2017 a Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) fez 25% menos encaminhamentos que no mesmo período do ano anterior. Na Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande) o índice é ainda mais expressivo, com redução de 58%.
A escassez de postos de trabalho poderia explicar a redução dos encaminhamentos. Os postos de trabalho abertos nas agências municipal e estadual de emprego caíram 23% e 63% respectivamente nos primeiros três meses deste ano. Entretanto, os dados revelam que a quantidade de trabalhadores que procuram a Funsat e a Funtrab também diminuiu.
O número de atendimentos feitos na Funsat de janeiro a março deste ano ficou em 13.729. No mesmo período do ano passado foi registrado mais que o dobro: 32.365, o que representa queda de 58%. O fato de a Funsat, além de encaminhar trabalhadores para vagas em aberto, também realizar emissão de carteira de trabalho e entrada para seguro desemprego, também poderia ser um indicativo. Nos dados fornecidos pela Funtrab não consta o número de atendimentos. Nas duas agências verificou-se diminuição na quantidade de inscritos: 21% na Funsat e 16% na Funtrab.
Na fila do emprego
A procura de emprego na Funtrab há candidatos em diversas situações. Desde quem acabou de pedir demissão para procurar um trabalho melhor, como quem já está há mais de 1 ano procurando vaga.
Como Regiane Saltiva Lopes, de 34 anos, que saiu há um mês do emprego de doméstica, onde estava registrada e recebia um salário mínimo. Ela procura por uma vaga como auxiliar de cozinha com esperança de conseguir um salário melhor.
Há mais de um ano procurando uma colocação, Carmina Barbosa de Souza, de 55 anos, não perde as esperanças. “Já vim várias vezes, não sei nem dizer quantas. Consegui alguns encaminhamentos, entreguei nos locais, mas não me chamaram. Vou continuar tentando”, relata.
Em busca do primeiro emprego, Monalisa Thais Guimarães Gabriel, de 18 anos, conta que trabalhava como Mirim e o contrato terminou há um mês. Estava na Funtrab para dar entrada no seguro desemprego, mas vai procurar uma vaga e tentar o Enem.
Um dos demitidos com a suspensão dos serviços da CCR MSVias, Ronaldo Gonçalves da Silva, de 33 anos, que era contratado por uma das empresas terceirizadas para as obras, estava na Funtrab também para dar entrada no seguro-desemprego, mas não quer ficar parado. “Vou pegar o que aparecer, não dá pra ficar escolhendo muito não. Pela conversa que a gente ouve tá difícil de conseguir emprego, mas vamos tentar, se não conseguir vou pegar o dinheiro do seguro desemprego e fazer um curso de segurança para trabalhar como vigilante”, planeja.
Se sentindo preterido, Cláudio Silva de Oliveira, de 50 anos, conta que procura uma vaga em serviços gerais ou carga e descarga há 8 meses. Ele deixou currículo em algumas empresas e conseguiu alguns encaminhamentos, porém não chegou a ser escolhido por conta da idade. “Vou fazer 51 agora. Aparece a vaga, mas para as empresas eu não existo mais”, lamenta
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