Estado teve o 6º maior saldo do país

O saldo do emprego (diferença entre admitidos e demitidos) no Mato Grosso do Sul em janeiro saiu do vermelho, depois de dois anos de retração. Os dados são do (Cadastro Geral de Emprego e ) e divulgados na última sexta-feira (3). O saldo de 871 vagas de trabalho deu ao estado a sexta posição no ranking do país.  No total foram gerados 20.510 novos empregos e 19.639 pessoas foram demitidas.

Os setores que mais ajudaram a elevar o índice foram da construção civil, com 370 vagas, serviços, com saldo de 344 postos e indústria da transformação, responsável por 340 empregos.

O setor do comércio apresentou saldo negativo, com menos 492 vagas, mesmo que o comércio atacadista tenha registrado saldo positivo de 167 empregos. O indicador se deve ao comércio varejista, que apresentou saldo negativo de 659 postos de trabalho.

Os municípios que mais contribuiram para o saldo positivo foram Três Lagoas, com 357, Campo Grande, com 170 e Rio Brilhante, com 101 vagas. Em contra-partida, Dourados e Sidrolândia registraram saldo negativo de 124 e 37 respectivamente.

Análises

O titular da Semade (Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento), Jaime Verruck, reconhece um movimento de melhora do panorama de empregos no estado, que ainda não reflete no setor comerciário. “Há uma tendência de recuperação da economia na forma de criação de novos empregos formais, mas o setor de Comércio ainda apresenta resultados negativos em Janeiro de 2017”, analisa.

Para a economista do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS), Daniela Dias, a reação na construção civil é significativa uma vez que ao longo de 2016 houve queda na receita nominal. “Se no primeiro ano já tivemos essa tendência de empregar mais, pode estar sinalizando indícios da recuperação deste segmento, um dos últimos a apresentar indícios de reação”. A queda na taxa de juros do País – a Selic – também influencia o setor

“Pode-se dizer que Mato Grosso do Sul apresenta indícios mais fortes de recuperação, uma vez que em janeiro de 2015 e 2016 tivemos saldo negativo. Os indícios de recuperação começaram a partir do segundo semestre de 2016”.