Questionado sobre os indícios de irregularidades envolvendo o concurso, o governador André Puccinelli apresentou um documento de resposta da FGV (Fundação Getulio Vargas) declinando do convite para fazer a prova.

O mesmo diretor de mercado da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Sidnei Gonzalez, teria enviado respostas diferentes a ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) e ao governo do Estado, segundo documentos apresentados à imprensa nesta quarta-feira (18) sobre o concurso para fiscais de renda e agentes tributários da Sefaz.

Segundo o documento nº 1311/14, do dia 4 de junho, “acusamos o recebimento do ofício em referência (030/2014), no qual solicita esclarecimentos sobre suposto declínio da FGV para realização do Concurso da Secretaria de Estado e Fazenda de Mato Grosso do Sul. Em atendimento ao Ofício em referência, informamos que não encontramos em nossos registros a citada solicitação para realização do concurso”.

O presidente da Casa de Leis, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB), recebeu o documento no último dia 10 de junho. O requerimento é do deputado Amarildo Cruz (PT) e foi enviado no dia 22 de abril deste ano.

Questionado sobre os indícios de irregularidades envolvendo o concurso, o governador André Puccinelli apresentou um documento de resposta da FGV (Fundação Getúlio Vargas) declinando do convite para fazer a prova. A informação vai de encontro a documento assinado pelo mesmo diretor de Mercado da FGV, Sidnei Gonzales, no dia 4 de junho, e enviado à Assembleia Legislativa, em que dizia não ter encontrado nos registros a solicitação para realização do concurso.

A prova para o cargo de fiscal de renda, que tem um dos maiores salários do Estado, está sob suspeita de vazamento de questões. A Fapec foi contratada sem licitação ao custo de R$ 360 mil.

Antes disso, provas marcadas originalmente para os dias 23 de fevereiro e 9 de março foram canceladas pelo governador André Puccinelli após o Midiamax publicar matéria mostrando que membros da comissão elaboradora, como o ex-presidente da OAB Leonardo Avelino Duarte, tinham parentes entre os inscritos.

O diretor foi procurado pela reportagem para prestar esclarecimentos, mas não foi encontrado porque é feriado no Rio de Janeiro, onde fica o escritório da FGV Projetos onde trabalha.