Em ação popular, juiz também solicita manifestação do governo sobre concurso da Sefaz-MS

O juiz David de Oliveira Gomes Filho, que cuida da ação popular movida pelo professor de cursinho Deodato Neto requerendo a suspensão do concurso da Sefaz-MS (Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul) também solicitou manifestação do governo do Estado em até 72 horas sobre as denúncias de suposto vazamento de questões. […]

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O juiz David de Oliveira Gomes Filho, que cuida da ação popular movida pelo professor de cursinho Deodato Neto requerendo a suspensão do concurso da Sefaz-MS (Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul) também solicitou manifestação do governo do Estado em até 72 horas sobre as denúncias de suposto vazamento de questões.

O prazo e a solicitação são as mesmas feitas pelo juiz na ação movida pela OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul). Nesta ação, o governo já se manifestou afirmando que não tem responsabilidade pelo suposto vazamento de questões e que a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa , ao Ensino e à Cultura) que deve ser intimada a responder sobre o assunto.

Apesar das ações, a Fapec divulgou através da SAD (Secretaria de Estado de Administração) o resultado do concurso para fiscais de renda. Entre os 20 primeiros colocados, ficou em nono lugar o concorrente suspeito de ter vazado a questão de informática, André Luiz Pereira, procurador da Câmara de Campo Grande e irmão da ex-mulher de André Cance, que é secretário adjunto da Sefaz.

O caso

A OAB-MS assumiu o polo ativo da ação após pedido de arquivamento, descartando qualquer tipo de irregularidade, apresentado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul pelo promotor Alexandre Capiberibe Saldanha.

O arquivamento foi considerado ‘controverso’ pelo juiz Amauri da Silva Kuklinski, já que a promotora Paula da Silva Santos Volpe, afastada do caso e que moveu a ação desde o início, pedia exatamente a continuidade da ação.

As provas marcadas originalmente para os dias 23 de fevereiro e 9 de março foram canceladas pelo governador André Puccinelli após o Midiamax publicar matéria mostrando que membros da comissão elaboradora, como o ex-presidente da OAB Leonardo Avelino Duarte, tinham parentes entre os inscritos.

“Esse fato novo é insuperável. Por isso determinei a suspensão”, admitiu Puccinelli na época, referindo-se à irregularidade.

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