Dezenove pessoas se inscreveram para concorrer à Corte de Momo do Carnaval de Corumbá em 2011, conforme informações repassadas pela Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal.

As inscrições foram abertas no início da segunda quinzena de janeiro e seguiram até o dia 08 de fevereiro, na Casa de Cultura Luiz de Albuquerque (ILA), de forma gratuita.

O concurso, que escolherá a Corte deste ano, está marcado para acontecer neste sábado, 12 de fevereiro, na praça Generoso Ponce, na avenida General Rondon, a partir das 20 horas, com a animação da Banda do Roxo, Banda da Corte e da personagem cômica Maria Quitéria.

A premiação para Rei Momo; Rainha e as duas princesas totaliza R$ 3 mil. Será entregue R$ 1 mil para o Rei Momo e o mesmo valor para a Rainha. Cada uma das duas princesas receberá a quantia de R$ 500.

No ano passado, quatro homens disputaram o título de Rei Momo. A coroa de Rainha do Carnaval teve 23 candidatas. Com 233 pontos, Alexandre Batista Gmachl, 33, o “Xandy”, foi escolhido Rei Momo. A Rainha foi Raiane Oliveira de Paula, 19, que somou 337 pontos. Completaram a Corte as princesa Danielle Karine de Paula Salles, 23, e Roberta de Vasconcelos Ramires, 24.

No concurso que elegeu a Corte de Momo do Carnaval 2010, a comissão julgadora foi formada por nove pessoas da comunidade. Na eleição da Rainha foram avaliados os quesitos beleza, animação, apresentação e simpatia. Para escolha do Rei Momo, o júri avaliou somente animação, apresentação e simpatia.

Origem

O Rei Momo é a personificação da alegria e considerado o dono da festa. Possui uma personalidade zombeteira, delirante e sarcástica. Vindo da mitologia grega, ele é filho do sono e da noite, e acabou expulso do Olimpo – morada dos deuses – porque tinha como diversão ridicularizar as outras divindades.

A cerimônia de coroação de Momo como rei vem do tempo da Roma antiga. Para os romanos, Momo era obeso e isso significava fartura e extravagância. Como rei Momo, o escolhido podia brincar, comer, beber e fazer o que tivesse vontade durante seu curto reinado. Terminada a festança, ele era levado ao altar do deus Saturno para ser sacrificado. Depois de morto, era velado e enterrado com todas as honrarias de “um chefe de estado”.

Como comandante da folia do carnaval brasileiro, o rei Momo surgiu em 1932 (1933?), no Rio de Janeiro. Primeiro criaram um rei Momo na forma de um boneco de papelão. Esse boneco desfilou com um grupo de carnavalescos no centro do Rio de Janeiro e depois foi posto num trono e reverenciado como o rei da folia. No ano seguinte, resolveram escolher um homem bem gordo para Momo. A idéia partira de um cronista do jornal “A noite” e o primeiro rei Momo foi eleito lá mesmo, na redação daquele jornal. Assim, o colunista esportivo, Moraes Cardoso, possuidor das características momescas, foi coroado como o primeiro rei Momo. Saudado com confetes, serpentinas e lança-perfume, ele saiu com os foliões pela avenida afora. Gostou tanto que reinou até 1948, quando morreu.