Entre 2023 e 2024, o percentual de grandes indústrias com plano de investimento aumentou de 68% para 73% em todo o país. Neste ano, o foco das grandes indústrias será o mercado interno, 40% afirmam que seus planos estão voltados principalmente para o consumidor brasileiro.
Os dados da pesquisa ‘Investimentos na Indústria’ da CNI (Confederação Nacional da Indústria), indica que a alta representará aumento na capacidade produtiva e melhoria dos processos produtivos industriais.

Gerente-executivo de economia da CNI, Mário Sérgio Telles, destaca que os principais objetivos dos investimentos planejados para 2024 são a ampliação ou melhoria da capacidade produtiva (42%) e a ampliação ou melhoria do processo produtivo atual (42%).
“É importante notar o aumento percentual das grandes empresas que pretendem investir em 2024, especialmente depois de um ano com um percentual baixo de empresas investindo e com frustração elevada nos planos de investimentos”, diz o economista.
A pesquisa aponta ainda que um percentual menor, de 9%, pretende investir em novos produtos, e 7% afirmam que o investimento será direcionado para novos processos produtivos. Ao todo, foram ouvidas 381 empresas com mais de 250 empregados.
Foco no mercado interno
Neste ano, o foco das grandes indústrias será o mercado interno, 40% afirmam que seus planos estão voltados principalmente para o consumidor brasileiro. Outros 20% afirmaram que visam o mercado interno e 31% disseram que o alvo será igualmente os mercados interno e externo.
Um ponto que chama atenção é que, ao contrário do que ocorre normalmente, houve uma novidade no mercado-alvo dos investimentos planejados. Pela primeira vez, o percentual de empresas que planejam investir no mercado externo atingiu 10% na série histórica. Em 2023, o percentual era de apenas 5%.
Maioria das indústrias pretende usar recursos próprios
Em meio ao alto custo do crédito, 39% das grandes empresas pesquisadas afirmam que pretendem usar exclusivamente recursos próprios, e os investimentos de outros 29% serão feitos em sua maior parte com recursos da própria empresa.
Além disso, 30% das grandes empresas devem financiar a maioria de seus investimentos com recursos de terceiros, enquanto 3% informaram que vão usar somente recursos de terceiros.
Entre as grandes empresas que não planejam investir em 2024, 64% justificaram essa decisão pela falta de um plano de investimento ou pela ausência de intenções para iniciar um novo investimento no momento. Outros 33% adiaram ou cancelaram investimentos em andamento.
Incerteza econômica impulsionou queda em 2023
Em 2023, o percentual de investimentos registrou uma queda de seis pontos percentuais em comparação a 2022, com 79% das grandes empresas tendo feito investimentos.
Conforme a pesquisa, as incertezas econômicas foram a dificuldade para a realização do investimento mais citada pelas grandes empresas que possuíam planos de investimento, mencionada por 58% delas.
Considerando somente as grandes empresas que adiaram ou cancelaram seus planos de investimento, a queda das receitas foi a dificuldade mais citada.

No ano passado, os recursos próprios da empresa ou dos sócios foram a principal fonte de recursos para os investimentos. A participação total aumentou de 71%, em 2022, para 74%, em 2023.
Ao mesmo tempo, caiu de 12% para 9% o uso de bancos comerciais privados, que, apesar disso, segue como a segunda fonte mais utilizada para financiar os investimentos. Cerca de 8% dos recursos tiveram como fonte bancos oficiais de desenvolvimento em 2023.
Inovação tecnológica liderou investimentos das indústrias

Em 2023, 74% dos investimentos realizados pelas grandes empresas tiveram como objetivo a inovação tecnológica. Em seguida, aparecem os investimentos que visaram ao desenvolvimento de capital humano, 58%.
A busca por maior eficiência energética também esteve no foco dos investimentos, sendo a opção de 38% das grandes empresas. O percentual mostra ainda que 34% associaram os investimentos à preocupação com o impacto ambiental.
O levantamento do CNI mostra que 12% das grandes empresas optaram por investir em melhorias para a comunidade, envolvendo governos, grupos ou pessoas essenciais aos negócios. Outros 7% informaram que os investimentos realizados buscaram a inserção internacional.
Dentre os tipos de investimentos realizados no ano passado, 77% das grandes empresas fizeram aquisição de máquinas ou equipamentos. O percentual inclui tanto o investimento em máquinas novas quanto usadas.
O segundo tipo de investimento mais comum, que alcançou 53% das grandes indústrias, foi a atualização ou modernização de plantas, fábricas e armazéns. Já 42% afirmaram ter atualizado ou modernizado máquinas, ou equipamentos.
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