Puxada pela alta nos combustíveis, Campo Grande tem a terceira maior inflação em abril
Foi a maior variação para um mês de abril desde 1996
Wendy Tonhati –
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Puxada pela alta nos combustíveis, a inflação teve alta de 1,06% em abril, após ter alcançado 1,62% em março. Foi a maior variação para um mês de abril desde 1996. Os valores do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) — considerado a inflação oficial do país — foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No ano, o indicador acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 12,13%, acima dos 11,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2021, a variação havia sido de 0,31%. Campo Grande registrou a terceira maior alta no Brasil (1,21%), empatado com Belém e Brasília e perdendo apenas para Rio de Janeiro (1,39%) e Aracaju (1,36%).
Impactos da inflação
Nacionalmente, em abril, os principais impactos vieram de alimentação e bebidas — maiores variação (2,06%) e impacto (0,43 p.p.) —; e dos transportes — alta de 1,91% e 0,42 p.p. de impacto. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril. Alimentos e transportes, que já haviam subido no mês anterior, continuaram em alta em abril.
No caso dos transportes, a alta foi puxada, principalmente, pelo aumento nos preços dos combustíveis que continuaram subindo (3,20%), assim como no mês anterior, com destaque para gasolina, subitem com maior peso no IPCA (6,71%), mas os outros combustíveis também subiram. O etanol subiu 8,44%, o óleo diesel, 4,74% e ainda houve uma alta de 0,24% no gás veicular
Em Campo Grande, também foi registrada variação significativa na gasolina (3,92%).
Confira a inflação de abril para cada um dos grupos pesquisados
- Alimentação e Bebidas (2,06%)
- Habitação (-1,14%)
- Artigos de Residência (1,53%)
- Vestuário (1,26%)
- Transportes (1,91%
- Saúde e Cuidados Pessoais (1,77%)
- Despesas Pessoais (0,48%)
- Educação (0,06%)
- Comunicação (0,08%)
IPCA
O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
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