Número de desempregados cai em MS e total chega a 92 mil, indica IBGE

Novo número faz parte de mais recente Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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Mais sul-mato-grossenses conseguiram empregos com carteira assinada

Os números da mais nova Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), colocam Mato Grosso do Sul em boa situação em relação a quase todos os Estados do País. O principal deles é a taxa de desocupação – o popular índice de desemprego – que caiu de 7,6%, em setembro do ano passado, para 6,4% em dezembro. Em números absolutos, Mato Grosso do Sul tem 92 mil desempregados.

A pesquisa aponta que o índice de desemprego em Mato Grosso do Sul – de 6,4% – é o terceiro menor do País, perdendo apenas para Santa Catarina, com 4,3%; e Mato Grosso, com 5,9%. No Brasil, o índice geral de desemprego caiu de 12,6%, no segundo trimestre do ano passado, para 11,1% em dezembro, mas a taxa anual do País ficou em 13,2% em 2021, contra 13,8% em 2020. A taxa de desocupação recuou em 14 Estados e o Distrito Federal e manteve-se em estabilidade em outras doze unidades da federação. As três maiores taxas de desocupação foram registradas no Amapá (17,5%), Bahia (17,3%) e Pernambuco (17,1%).

Pela nova Pnad, Mato Grosso do Sul tem o segundo menor percentual do Brasil de pessoas trabalhando por conta própria, que fixou em 23,6% no último trimestre do ano passado, perdendo apenas para o Distrito Federal, com 20,9%. São Paulo ficou em terceiro lugar com 23,7%. Esse índice mostra que, no último trimestre de 2021, o sul-mato-grossense deixou de lado o empreendedorismo forçado por conta do prolongamento – como já apontado a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) – e voltou a procurar emprego com carteira assinada.

Outro resultado favorável à economia de Mato Grosso do Sul está diretamente ligado à taxa de subutilização da força de trabalho, que abrange pessoas desocupadas e subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho, o que, no popular, é aquele cidadão que arranjou um trabalho de meio expediente. Neste caso, essa taxa em Mato Grosso do Sul ficou em 15,4% – a 5ª melhor do País. No Brasil, essa taxa ficou em 24,3% – quase dez pontos percentuais a mais que Mato Grosso do Sul. Isso quer dizer que a taxa de subemprego no Estado é bem menor que a média nacional.

Quanto ao percentual de trabalhadores com carteira assinada, o resultado alcançado por Mato Grosso do Sul também ficou acima da média nacional e se tornou o 5º melhor do País. Pela Pnad, 77,9% dos empregos no Estado são com carteira assinada. A média nacional – que leva em conta a população ocupada do País, ou seja, são excluídas as crianças e aposentados – ficou em 73,5%. Segundo Felipe Senna, técnico do IBGE em Mato Grosso do Sul, em números absolutos estes 77,9% representam 517 mil trabalhadores.

Na questão da informalidade, os números da mais nova Pnad do IBGE apontam para uma economia em nível de organização mais acelerado em relação a maior parte dos Estados brasileiros. A taxa de informalidade do Brasil ficou em 40,7%, enquanto que a de Mato Grosso do Sul estabeleceu-se em 35,6%, o que corresponde – em números absolutos – a 147 mil trabalhadores – a 6ª menor do País. “São pessoas que estão trabalhando, porém, sem carteira de trabalho assinada. Juntando-se os formais e informais, Mato Grosso do Sul está com 664 mil trabalhadores na ativa”, disse Felipe Senna.

A nota “triste” da última Pnad atinge diretamente o bolso de toda a classe trabalhadora do País, do mais humilde ao melhor remunerado, e de norte a sul do Brasil. O motivo: o rendimento médio caiu 7,07%. Isso significa que os brasileiros, principalmente os mais pobres, perderam poder de compra – é a inflação alta impactando o consumo. Pela última Pnad, o rendimento per capita familiar do Brasil – ou a média por família –  ficou em R$ 1.367. Em Mato Grosso do Sul, este valor ficou em R$ 1.471, configurando-se no 7º maior rendimento per capita familiar do Brasil.  O Distrito Federal tem maior renda per capita familiar do País, com R$ 2,513 – uma diferença de R$ 1.042 na comparação com Mato Grosso do Sul, que tem 36 mil desalentados – que são pessoas em idade de produção e que desistiram de procurar emprego.

 

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