Conab aponta que MS vai produzir mais grãos de 2ª safra e cereais de inverno

A Conab elevou a estimativa devido à situação climática bem menos dramática que a estiagem prolongada do ano passado

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Projeto reduz ICMS do milho e da soja
Projeto reduz ICMS do milho e da soja. Foto: Edemir Rodrigues

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) alterou – para cima – a previsão de produção dos grãos cultivados na segunda safra e dos cereais de inverno nas lavouras sul-mato-grossenses, de acordo com o 8º levantamento da safra 2021/2022. Segundo a Conab, Mato Grosso do Sul deve chegar a uma produção de 20,7 milhões de toneladas, 9,1% a mais que a safra anterior, quando alcançou 18,9 milhões de toneladas.

Esse resultado, segundo o estudo da Conab, é decorrente do comportamento climático a partir de março, que apresenta chuvas com volume e, principalmente, distribuição adequada ao bom desenvolvimento das lavouras. Quanto ao milho, a estimativa de produção do cultivo de 2ª safra no Estado apresenta um aumento de 2,4% em relação ao levantamento anterior, ultrapassando os 11 milhões de toneladas. O fato decorre da expectativa de maior produtividade média local da cultura, situada em 5.100 kg/há, segundo a Conab.

Em Mato Grosso do Sul, o sorgo aparece com um novo incremento em área cultivada, na ordem de 11,7%, pois os produtores aproveitaram a umidade disponível no solo e a maior janela de semeadura deste cereal para ampliar os cultivos. Em contrapartida, o trigo e o feijão 2ª safra apresentam redução na área produtiva em relação à safra passada, justificado principalmente pelos altos custos de produção destes cultivos e a menor disponibilidade de semente salva no ciclo anterior por conta da baixa produtividade e qualidade dos grãos, que foram impactados pela geada ao final de junho do ano passado. Com relação à produtividade, estima-se que retorne aos patamares normais.

No caso da aveia, as informações iniciais mostram leve aumento de área plantada, visto que não há grandes investimentos na produção, principalmente porque os produtores utilizam sementes salvas, na maior parte sem adubação, em talhões de menor fertilidade e realizam o controle básico de pragas e doenças. Caso o clima apresente bom comportamento e o preço mantenha-se em patamares que propiciem retorno econômico, realizam a colheita; caso contrário, é utilizada apenas como cobertura de solo.

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