A nova tecnologia de transferências bancárias, o PIX, tem se tornado ferramenta cada vez mais aderida por consumidores. Porém, mesmo com a novidade, golpistas tem usado fraudes antigas para furtar.

O educador financeiro, William Ribeiro explica que a ferramenta pode ser aliada, mas deve ser protegida, por ser uma janela de oportunidades para bandidos praticarem tentativa de golpes por consumidores.  

“Nem todo mundo entende e domina o seu funcionamento. São histórias que parecem impossíveis de acreditar, mas que a falta de atenção, a correria do cotidiano ou mesmo a ganância, acabam colaborando para que a gente forneça nossas informações pessoais e financeiras a quem não deveríamos”, disse.

Um dos mais ‘famosos’ e corriqueiros golpes é a clonagem do número do WhatsApp. “Qualquer pessoa que tenha acesso ao seu número de celular, capturado em um grupo, por exemplo, pode simular uma transferência via Pix. E pronto: passa a ter acesso ao seu nome completo e o banco no qual você tem conta”.

Segundo ele, informando sobre sua conta, o trabalho do golpista é facilitado. Ele pode fazer o contato, já informando previamente algumas informações bancárias suas. Em alguns casos, pode ligar inclusive de um número clonado do próprio banco em que você tem conta, dizendo que foram identificadas transações suspeitas no seu extrato, pedir dados do código de segurança e roubar os dados.

Para evitar esse tipo de problema a fraude, o especialista orienta que se deve habilitar a autenticação em duas etapas criando um “pin”, como se fosse uma segunda camada de segurança, uma senha com seis números. “Se alguém tentar clonar seu Whatsapp, mesmo que tenha acesso ao código que recebeu pelo SMS, sem o pin, ele não vai conseguir”.

Outra tentativa semelhante é de criar uma nova conta se passando por você com seus dados. Nesse caso, é criada uma conta com um número diferente, porém, utilizando uma foto sua, que pode conseguir pela rede social, por exemplo, encontrar contato de amigos e familiares pedindo dinheiro por transferência via PIX.

“Se algum conhecido entrar em contato de um jeito estranho, contando uma história qualquer, dizendo estar precisando de dinheiro, fique atento! O melhor é entrar em contato com a pessoa por uma linha de telefone que não seja via Whatsapp para confirmar se o contato foi feito por ela mesma. Se você confirmou que o telefone que entrou em contato com você é realmente da pessoa, lembre-se, ela pode estar sendo vítima do golpe, com seu Whatsapp sendo clonado. Por isso, em todos os casos, procure sempre fazer contato com a pessoa por telefone”, explica.