O feriadão de outubro no Brasil e que geralmente é garantia de grandes vendas no comércio da fronteira está sendo encarado com cautela nas lojas da fronteira e nos setores de hotelaria. O freio das expectativas desta vez não é só a pandemia, que ainda preocupa, mas também a alta do dólar, que, nesta quinta-feira (7), está cotado a R$ 5,5.

“Ainda estamos assimilando os efeitos da pandemia, que nos últimos dois anos causou um forte impacto na economia da fronteira, e agora, com o dólar na casa dos R$ 6,00, é natural um certo temor com o movimento, principalmente neste período, quando estávamos mais confiantes”, explica Márcio Esteban Paredes Prieto, do Cassino Amambay.

Apesar da oscilação da moeda americana, acredita que a tendência é que até o próximo domingo o cenário fique mais atrativo para as duas cidades gêmeas, do lado paraguaio e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

“A alta do dólar com certeza reflete na nossa economia. A situação da nossa economia já estava melhor, mas agora que ele deu uma repontada, piorou um pouco de novo”, diz Paredes, que literalmente aposta nos atrativos do cassino que gerencia.

Para o comerciante paraguaio Antônio Galhardo, a venda de brinquedos para turistas brasileiros sempre foi rentável e, durante o mês de outubro, o movimento tende a aumentar, principalmente na semana que antecede o Dias das Crianças.

“Com o dólar nesse valor, já pudemos sentir que não será como estávamos pensando que fosse, justamente depois dos piores meses da pandemia”, explica Galhardo, ressaltando que a alta do dólar inibe a movimentação do comércio.

Para a funcionária pública Edileuza Mendes Faustino, moradora em , a viagem que programou a Ponta Porã neste final de semana para comprar brinquedos para os filhos e sobrinhos só não será cancelada porque a hospedagem já está paga. “Vou assim mesmo e sei que vou ter que caminhar bastante para conseguir produtos mais em conta”, comenta a servidora.