Vendas caem em Campo Grande e lojistas querem negociar luz, impostos e aluguel
Diante da pandemia de coronavírus e a diminuição da circulação de pessoas na rua, o comércio de Campo Grande amargou uma queda de 6% no movimento das lojas na última semana e há previsão de que, nos próximos sete dias, o recuo seja muito maior: de 20%. As informações são de um levantamento da Federação […]
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Diante da pandemia de coronavírus e a diminuição da circulação de pessoas na rua, o comércio de Campo Grande amargou uma queda de 6% no movimento das lojas na última semana e há previsão de que, nos próximos sete dias, o recuo seja muito maior: de 20%. As informações são de um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Mato Grosso do Sul (Fecomercio-MS), encomendada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da capital.
“Estamos nos preparando; buscando alternativas para minimizar os impactos da pandemia no comércio… vamos ter de fechar as portas”, disse o presidente da CDL, Adelailo Vila, em entrevista concedida ao Jornal Midiamax, nesta terça-feira (17). Vila classificou como “assustadora” a pandemia e disse que a prioridade é a vida do funcionário.
Sobre os impactos econômicos, ele afirmou que a CDL está negociando com prestadoras de serviços, como a Energisa, Águas Guariroba e a Prefeitura, a redução de taxas e possíveis outras medidas para aliviar a situação financeira dos lojistas da capital.
A CDL também está criando uma comissão para negociar aluguéis em shoppings, galerias e demais estabelecimentos a fim de minimizar os efeitos da pandemia. Além disso, representantes da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas devem se reunir com autoridades do Ministério da Economia para discutir alternativas para a crise.
Vila explicou que a situação dos lojistas de Campo Grande já estava complicada, em razão das obras de revitalização das ruas do centro da capital – o Projeto Reviva -, que forçaram o fechamento de parte do comércio de rua. “Agora que íamos retomar o ritmo, acontece uma coisa dessas”, lamenta. “Nunca tivemos uma situação tão complicada… É um momento de exceção por envolver vidas”.
Ainda de acordo com o representante da CDL, mais de 70% dos funcionários do comércio são mulheres, e, por isso, algumas lojas já se encontram com a equipe desfalcada, em razão da suspensão de aulas em unidades de ensino, que obriga algumas mães a terem de deixar de trabalhar para cuidarem de seus filhos.
Sobre as medidas de prevenção do contágio de coronavírus entre funcionários do comércio, Vila afirmou que estão repassando “todas as recomendações do Ministério da Saúde na questão da higiene” e que as orientações estão sendo transmitidas em todos os canais de comunicação da CDL.
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