Investigação independente conclui que houve fraude contábil, diz Via Varejo

A Via Varejo informou que o relatório final da investigação independente sobre supostas fraudes contábeis, descobertas através de denunciadas anônimas feitas no final de 2019, concluiu que há evidências de “fraude contábil caracterizada pela manipulação da provisão para processos trabalhistas” e pelo diferimento indevido na baixa de ativos e contabilização de passivos fora de su…

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Via Varejo informou que o relatório final da investigação independente sobre supostas fraudes contábeis, descobertas através de denunciadas anônimas feitas no final de 2019, concluiu que há evidências de “fraude contábil caracterizada pela manipulação da provisão para processos trabalhistas” e pelo diferimento indevido na baixa de ativos e contabilização de passivos fora de suas respectivas competências mensais e falhas de controles internos. Tais procedimentos resultaram, segundo a investigação, “em erros nas contas de provisão para processos trabalhistas e depósitos (garantias) judiciais da companhia”.

Segundo a empresa afirma em fato relevante, o concluída a investigação, a Via Varejo buscou o dimensionamento final dos ajustes contábeis em seu balanço e promoveu avaliações internas, ressaltando que: o valor final apurado dos ajustes às demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2019, decorrentes da investigação, incluindo efeitos de fraudes, erros e mudanças de estimativa, é de R$ 1,190 bilhão (R$ 786 milhões líquidos de impostos), estando assim dentro do média já divulgada em dezembro passado, entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,4 bilhão.

Com isso, a empresa conclui que não será necessária a reabertura de exercícios anteriores a 2019 para realização dos ajustes.

Aliado a isso, do montante total a ser ajustado nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2019, aproximadamente R$ 1,169 bilhão a débito na demonstração do resultado do exercício de 2019, se referem a correção de erros e de mudanças de estimativa no intuito de refletir de maneira mais precisa os riscos aos

quais a companhia está atualmente sujeita. Os R$ 20,8 milhões remanescentes se referem aos

efeitos das fraudes identificadas ao longo da investigação.

Em relação aos trabalhos de riscos e oportunidades, a administração da varejista concluiu os referidos trabalhos, registrando um ajuste de R$ 188,8 milhões líquidos, a débito na demonstração do resultado do exercício de 2019. Tais ajustes encontram-se refletidos nas demonstrações financeiras divulgadas nesta quinta-feira, 26.

A administração do grupo reiterou ainda que os ajustes contábeis anunciados não terão impacto adverso e relevante no fluxo de caixa, em sua condição financeira e operacional ou sua capacidade de honrar compromissos.

Com a conclusão da investigação, a empresa poderá dedicar toda sua atenção e esforços ao aprimoramento da performance operacional e adoção das medidas necessárias para mitigar os efeitos adversos da pandemia da covid-19.

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