Dólar fecha a R$ 4,326, no maior nível desde criação do real
Em mais um dia de oscilações no câmbio, o dólar subiu novamente e voltou a fechar no maior valor nominal desde a criação do real. Nesta terça-feira (11), o dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 4,326, com alta de R$ 0,006 (+0,13%). A divisa, que tinha caído ontem, começou o dia em baixa, […]
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Em mais um dia de oscilações no câmbio, o dólar subiu novamente e voltou a fechar no maior valor nominal desde a criação do real. Nesta terça-feira (11), o dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 4,326, com alta de R$ 0,006 (+0,13%).
A divisa, que tinha caído ontem, começou o dia em baixa, mas inverteu a tendência e passou a subir a partir do início da tarde. Na máxima do dia, por volta das 15h30, a cotação chegou a R$ 4,338. Desde o começo do ano, o dólar acumula valorização de 7,81%.
O Banco Central (BC) não tomou novas medidas para segurar a cotação. Hoje, a autoridade monetária leiloou US$ 650 milhões para rolar (renovar) contratos de swap cambial – que equivalem à venda de dólares no mercado futuro – com vencimento em abril. O leilão faz parte da rolagem de US$ 13 bilhões de swap que venceriam daqui a dois meses.
No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação. Depois três sessões seguidas de queda, o índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), que ontem tinha fechado no menor nível em quase dois meses, voltou a subir. O indicador encerrou esta terça-feira aos 115.370 pontos, com forte alta de 2,49%.
Nos últimos dias, o dólar subiu em nível global, principalmente diante das moedas de países emergentes, depois da divulgação da geração de emprego em janeiro nos Estados Unidos. No mês passado, a maior economia do planeta criou 225 mil vagas de trabalho, número superior à previsão de 158 mil novos postos.
O bom desempenho do mercado de trabalho norte-americano abre espaço para eventuais aumentos de juros pelo Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
Na China, o receio de que o surto de coronavírus traga impactos para a segunda maior economia do planeta continua a afetar o mercado financeiro. O confinamento dos habitantes de diversas cidades afetadas pela doença reduz a produção e o consumo da China. No entanto, o anúncio de um caso de cura em um britânico animou as bolsas de valores em todo o planeta, por causa da perspectiva de que o impacto sobre a economia global seja menor que o esperado.
Entre os fatores domésticos que têm provocado a valorização do dólar, está a decisão recente do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa Selic – juros básicos – para 4,25% ao ano, o menor nível da história. Juros mais baixos desestimulam a entrada de capitais estrangeiros no Brasil, também puxando a cotação para cima.
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