Com exterior, Bolsa fecha em alta de 4,69%, maior ganho desde 6 de abril

Acompanhando sólido desempenho do exterior, empolgado por novo sinal positivo sobre a chance de desenvolvimento de vacina para covid-19, o Ibovespa mais do que recuperou na sessão desta segunda-feira, 18, as perdas da semana passada e alcançou o maior nível de fechamento desde 29 de abril, pela segunda vez em maio acima da marca psicológica […]

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Acompanhando sólido desempenho do exterior, empolgado por novo sinal positivo sobre a chance de desenvolvimento de vacina para covid-19, o Ibovespa mais do que recuperou na sessão desta segunda-feira, 18, as perdas da semana passada e alcançou o maior nível de fechamento desde 29 de abril, pela segunda vez em maio acima da marca psicológica dos 80 mil pontos no encerramento – e desta vez com folga. O principal índice da B3 fechou nesta segunda-feira em alta de 4,69%, aos 81.194,29 pontos, o maior ganho em porcentual desde 6 de abril (naquela ocasião em alta de 6,52%), tendo oscilado hoje entre mínima de 77.571,39 e máxima de 81.420,37 pontos, renovada na parte final da sessão.

Mais cedo, os principais mercados da Europa haviam encerrado o dia com ganhos expressivos, de 4,29% para Londres, de 5,16% para Paris e de 5,67% para Frankfurt. Em Nova York, os três índices de referência registraram alta entre 2,44% (Nasdaq) e 3,85% (Dow Jones), assim como na B3 acentuados no fim do dia, mas cedendo um pouco ante as máximas, nos minutos finais. O otimismo decorreu em grande medida da indicação de que o laboratório Moderna, dos EUA, obteve resultados positivos para uma vacina contra o novo coronavírus.

Agora, o Ibovespa passa a acumular leve ganho de 0,86% em maio, com perda de 29,79% no ano, tendo na primeira quinzena de maio, até a última sexta, acumulado perda de 3,66% no mês e de 3,37% na semana passada. O giro financeiro desta sessão, reforçado pelo vencimento de opções sobre ações, totalizou R$ 34,2 bilhões

Além da novidade sobre possível vacina, outros fatores que prevaleceram hoje ajudam a entender o avanço do Ibovespa nesta primeira sessão da semana: a relativa acomodação do dólar, em baixa de 2,03% no fechamento de hoje, a R$ 5,7206; fortes ganhos no petróleo, de 7,10% para o Brent de julho, a US$ 34,81 por barril no encerramento na ICE, o que ajudou as ações da Petrobras (+9,72% na ON e +8,10% na PN); recuperação de preços do minério de ferro em curso na China, em meio à reabertura da economia, estimulando a ação da Vale (+6,68%) e as do setor siderúrgico (+8,24% para Gerdau PN) na sessão; e o plano de 500 bilhões de euros anunciado por Alemanha e França para o combate aos efeitos da pandemia.

“Este fundo da Alemanha e França é muito importante para manutenção da zona do euro, especialmente depois de a Justiça alemã ter proibido compra de ativos”, observa Alvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais. Ele chama atenção, contudo, para o distanciamento do investidor estrangeiro mesmo com os descontos nominais e em dólar nas ações brasileiras.

“O sumiço do estrangeiro é o que está pegando um pouco, neste mês ainda não houve um dia de ingresso líquido dos gringos na Bolsa. As ações aqui ficaram muito mais baratas, e não dá muito para entender por que não estão voltando”, observa Bandeira. Ele reconhece que o “lado político, complicado” e preocupações com o “problema fiscal” podem estar mantendo os estrangeiros à distância dos ativos brasileiros, neste momento em que a aversão a risco permanece como pano de fundo especialmente com relação aos emergentes.

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