Um dos setores mais impactados com a pandemia da , o novo coronavírus, no país foi o comércio. Empresas, desde as pequenas às maiores, sofreram prejuízos financeiros imensuráveis com a crise que assola o mundo todo. E em , muitos comerciantes não suportaram a instabilidade e fecharam as portas de vez, mas os números que traduzem essa crise são divergentes.

Os dados são variados e com referências distintas. A CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) afirma ter realizado uma pesquisa junto a base de dados da SPC Brasil, que revelou que em três meses, 18 mil empresas fecharam na Capital.

Com base nos CNPJs, a instituição diz que em março, Campo Grande tinha 122 mil registros. Existiam mais de 63 mil registros de microempreendedores, 22 mil prestadores de serviço, 24 mil comércios e 12 mil atividades relacionadas ao varejo. Ainda segundo a CDL, do total de prestadores de serviços e comércio, 46 mil, 43 mil eram micros, 2 mil eram pequenos, 243 médios e 346 grandes empresas.

Em junho, conforme a CDL, Campo Grande o número de CNPJs baixou para 98 mil, sendo que 62 mil são microempreendedores individuais, os prestadores de serviço caíram para 14 mil e o comércio para 13 mil.

Do total de prestadores de serviço e comércio, 28 mil, as micro empresas diminuíram para 25 mil, segundo a pesquisa da instituição, além de as pequena para 1.9 mil e as 209 médias. Mesmo as grandes empresas não teriam aguentado a pandemia, pois das 346 existente em março, apenas 266 ainda estão abertas.

Por outro lado, a Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul), fez um levantamento semestral, que apontou o encerramento de 845 empresas em Campo Grande. Conforme os dados encaminhados ao Jornal Midiamax, 412 comércio encerraram as atividades, 400 prestadores de serviço e 33 indústrias fecharam na Capital.

Cenário de incertezas

Há quatro meses que a pandemia do Covid-19, o novo coronavírus, chegou em Mato Grosso do Sul e os municípios logo tomaram providências como decretar e toque de recolher para impedir a proliferação da doença. Com isso, muitos comerciantes e lojistas sentiram o impacto na economia e, como medida, fecharam as portas.

No coração da Capital, o cenário tem sido de incertezas por parte dos lojistas, que lutam para não ver a porta do comércio se fechando, pois, a cada esquina do Centro, é possível ver cada vez mais imóveis vazios e com a placa de imobiliária anunciando que está disponível para ser alugado.

As placas de aluga-se a perder de vista são um reflexo da quantidade de empreendedores que não suportaram a crise.

Somente em abril, o estado registrou a abertura de 450 empresas, mas também teve a baixa de 270 negócios. O reflexo em Campo Grande se dá pelos inúmeros imóveis disponíveis para alugar em pleno Centro da Capital.

Conforme Jaime Verruck, titular da (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), os números da atual economia de MS é um impacto claro do coronavírus.

“Tínhamos a previsão inicial de 2020 ser o melhor ano de abertura de empresas dos últimos nove anos, o que vinha se confirmando até março, mas que houve uma substancial mudança devido a pandemia”.