Bolsa resiste ao humor externo e fecha em leve baixa de 0,13%, aos 77.772,20 pts

Em terreno negativo pela terceira sessão consecutiva, o Ibovespa mostrou alguma resiliência nesta quarta-feira, 13, de vencimento de opções e futuros sobre o índice, encerrando perto da estabilidade, enquanto Nova York mostrava perdas entre 1,55% e 2,17% para os três índices de referência, ante avaliação do presidente do Fed, Jerome Powell, quanto aos efeitos da […]

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Em terreno negativo pela terceira sessão consecutiva, o Ibovespa mostrou alguma resiliência nesta quarta-feira, 13, de vencimento de opções e futuros sobre o índice, encerrando perto da estabilidade, enquanto Nova York mostrava perdas entre 1,55% e 2,17% para os três índices de referência, ante avaliação do presidente do Fed, Jerome Powell, quanto aos efeitos da pandemia sobre a economia americana, que podem exigir iniciativas além das já adotadas.

Aqui, o índice da B3 encerrou em leve baixa de 0,13%, aos 77 772,20 pontos, tendo oscilado entre mínima de 77.151,98, então em queda de 0,92%, e máxima de 78.911,28 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 31,1 bilhões, e agora o Ibovespa acumula perdas de 3,10% na semana, de 3,40% no mês e de 32,75% no ano.

Para Matheus Soares, analista da Rico Investimentos, “só não estivemos pior por conta de parte do ambiente político ter sido precificado, ontem, no fechamento”, quando o Ibovespa encerrou na mínima do dia e no menor nível desde 24 de abril, na data em que o até então ministro da Justiça, Sergio Moro, deixou o governo com acusações ao presidente Jair Bolsonaro. “Se olharmos os DIs, estão todos subindo, o que é um sinal de que o investidor está preocupado com o risco-país, principalmente por culpa do fiscal”, observa o analista, acrescentando que hoje o Ibovespa contou com o desempenho favorável das ações de exportadoras, especialmente os setores de proteína animal e celulose, que contribuíram para mitigar as perdas do índice.

O pano de fundo para a deterioração do quadro fiscal continua a ser a incerteza quanto à reabertura gradual da economia doméstica, tendo em vista a curva do novo coronavírus, ainda em ascensão no País, e o preço político que o governo Bolsonaro terá de atribuir ao Centrão para assegurar apoio no Congresso, em momento no qual o presidente parece sob escrutínio do Judiciário.

Nesta conjuntura, o dólar spot fechou em nova máxima histórica nesta quarta-feira, tendendo cada dia mais para a marca de R$ 6. Hoje, a moeda americana encerrou cotada a R$ 5,9008, em alta de 0,55%, chegando a ser negociada a R$ 5,9434 na máxima da sessão, renovando pico histórico nominal tanto no intradia como no fechamento. A escalada do dólar melhora a geração de receitas em real de exportadoras brasileiras, como as dos frigoríficos BRF (+12,17% no fechamento) e JBS (+6,36%), cujas ações estiveram entre as de melhor desempenho na sessão, a considerar os componentes do Ibovespa. Destaque também para Klabin (+7,64%), a segunda maior alta da sessão entre os componentes da carteira teórica, e logo a seguir Via Varejo (+6,90%). No lado oposto do Ibovespa, Embraer cedeu 8,70% e IRB, 7,84%.

Entre as blue chips, destaque para alta de 2,28% para Vale ON, induzida pela recuperação dos preços do minério de ferro em curso na China, enquanto, em dia negativo para o petróleo, Petrobras ON cedeu 3,92% e a PN, 3,03%. Os grandes bancos também fecharam a sessão em terreno negativo, com Branco do Brasil em baixa de 2,89%, Santander, de 1,12%, Bradesco PN, de 0,88%, e a ON, de 0,76%, e Itaú Unibanco perto da estabilidade (-0,05%).

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