O auxílio emergencial pago pelo para minimizar os impactos econômicos da pandemia de coronavírus, injetou R$ 2,91 bilhões na economia sul-mato-grossense em 2020 e beneficiou 860 mil pessoas. Os dados integram um levantamento feito pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Familiar.

Criado em abril, o auxílio emergencial pagou cinco parcelas e R$ 600 e outras quatro no valor de R$ 300, para pessoas pertencentes ao Bolsa Família, Cadastro Único ou que comprovadamente não tinham renda. Em , o benefício foi responsável por movimentação financeira de mais de R$ 500 milhões por mês.

Secretário-adjunto da Semagro, Ricardo Senna afirma que os números dão a dimensão do impacto econômico do auxílio financeiro em 2020. “O impacto econômico e social do fim do auxílio será consideravelmente negativo, deixando de estimular a economia. Será necessário a adoção de novas medidas de estímulo à geração de emprego e renda”, afirma.

Depois de já ter sinalizado que encerraria o pagamento do auxílio emergencial em dezembro, o presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quarta-feira (30) ao jornal Valor Econômico, que o benefício não será mais prorrogado. “A Semagro intensificará as ações de atração de empresas e adotará as medidas que se fizerem necessárias para a manutenção e aumento da dinâmica econômica do Mato Grosso do Sul”, destaca o secretário-adjunto.

Acordos de trabalho

Também em decorrência da pandemia, em 2020 foi autorizadas as ações de suspensão ou redução de contrato de trabalho entre empregadores e funcionários. Em Mato Grosso do Sul, 11 mil empresas optaram por fazer acordos trabalhistas, que impactaram a vida de 66,5 mil pessoas e somou 113,4 mil acordos.

A maioria, ou 51,9 mil contratos foram suspensos por período determinado, outros 21,4 mil tiveram redução de 70% do salário e jornada de trabalho. Os números mostram que 23,4 mil tiveram redução de 50% e outros 14,9 mil de 25%. Apenas 1,499 contratos foram alterados para jornada intermitente.

O setor de Serviços foi o que mais fez acordos trabalhistas durante o ano, sendo 65,1 mil do total, sendo a atividade econômica mais impactada. O Comércio foi o segundo com 24,3 mil acordos alterados e a indústria com 21,2 mil. Os meses de maior volume de acordos foram abril e maio.