Taxação da energia solar fará MS perder R$ 450 milhões em 10 anos, aponta estudo

Mato Grosso do Sul pode perder até R$ 450 milhões até 2029 em novos investimentos com a taxação da energia solar proposta pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), segundo aponta estudo realizado pelo Senai Empresa, a pedido da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul). A informação foi revelada em […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Produção de energia solar.
Produção de energia solar.

Mato Grosso do Sul pode perder até R$ 450 milhões até 2029 em novos investimentos com a taxação da energia solar proposta pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), segundo aponta estudo realizado pelo Senai Empresa, a pedido da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul).

A informação foi revelada em fala do senador Nelsinho Trad (PSD) nesta terça-feira (29), no plenário do Senado. A projeção da Annel era que o Estado contasse com 22.803 unidades com energia solar implementada em 10 anos, porém o número deve sair para até 12.986 unidades com o ‘tarifaço’ que pode ocorrer em breve.

“O custo médio para a implantação de sistemas fotovoltaicos em uma unidade é de R$ 45,8 mil, totalizando, dessa forma, uma perda de R$ 450 milhões em uma década”, explicou o senador para os demais presentes no plenário.Atualmente, existe o temor que resolução da Aneel, a ser publicada ainda este ano, passe a cobrar taxas e tarifas que, juntas, somem 63% do que for gerado por cada unidade implantada, tornando a viabilidade dos projetos mais difícil.

Foram apresentadas em consulta pública cinco propostas, que variam de 28% a 63% de cobrança de tarifas e taxas diversas. A situação dificulta, por exemplo, o modelo sustentável de geração distribuída, em que o produzido nas casas ligadas à rede elétrica e com placas fotovoltáicas recebem compensações pela energia que sobra.

A questão que está sendo debatida no Congresso Nacional começa a cada vez ganhar mais força no cenário político, fazendo parte também de discussões regionalizadas, como aconteceu na Assembleia Legislativa, em meio as conversas sobre a CPI da Energisa.

Conteúdos relacionados