De picanha a patinho: confira os cortes de carne que mais tiveram alta na Capital

Os moradores que foram ao supermercado no mês de novembro se surpreenderam quando viram o preço da carne no açougue. Em Campo Grande o preço da carne subiu, em média, 10,34% e o corte que vai sofreu com o aumento teve inflação de 13,39%. No total, a inflação do mês subiu 0,65% na Capital. O […]

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(Foto: Marcos Morandi)
(Foto: Marcos Morandi)

Os moradores que foram ao supermercado no mês de novembro se surpreenderam quando viram o preço da carne no açougue. Em Campo Grande o preço da carne subiu, em média, 10,34% e o corte que vai sofreu com o aumento teve inflação de 13,39%. No total, a inflação do mês subiu 0,65% na Capital.

O coordenador do Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Uniderp, Celso Correia de Souza, explica que o principal impacto veio do grupo alimentação. “O fator mais significativo foi o aumento nos preços das carnes devido à entressafra do boi gordo. Aliado a isso, temos a alta do dólar frente ao real, o que favoreceu as exportações do produto”, explicou.

O produto passou a ser exportado em grande massa para a China e impactou o preço no mercado nacional. Ao todo foram 13 cortes da carne do boi tiveram aumento. Confira o ranking da mais inflacionada para a menos inflacionada:

  1. Patinho (13,39%)
  2. Alcatra (10,96%)
  3. Picanha (6,59%)
  4. Filé Mignon (6,45%)
  5. Cupim (6,26%)
  6. Paleta (5,81%)
  7. Músculo (5,20%)
  8. Fígado (4,57%)
  9. Costela (4,43%)
  10. Peito (3,49%)
  11. Contrafilé (3,42%)
  12. Coxão Mole (3,12%)
  13. Acém (2,21%)

Reduções de preço foram identificadas com o lagarto (-2,05%) e vísceras de boi (-0,06%). Quanto aos cortes de carne suína, os três tiveram aumentos de preços: costeleta (5,54%), pernil (3,39%) e a bisteca (3,21%). Frango resfriado também subiu 1,38% e os miúdos de frango 1,26%.

A taxa do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande) é a mais alta para o mês desde 2015, quando ficou em 1,14%. O indicador é mais que o dobro do registrado em outubro, quando ficou com 0,26%.

Nos 11 primeiros meses de 2019, o acumulado atinge 3,18%. Levando em consideração os últimos doze meses, a taxa está em 3,32%, ainda abaixo da meta inflacionária do Conselho Monetário Nacional (CNM) para o Brasil no ano de 2019, cujo centro da meta da inflação para o ano é de 4,25%.

Segmentos

O grupo habitação, que possui o maior peso de contribuição para o cálculo do índice mensal, apresentou uma moderada inflação de 0,47%. Os principais destaques de aumentos foram: limpa vidro (3,80%), energia elétrica (3,30%), vela (2,78%), entre outros, com menores aumentos de preços. Reduções ocorreram com: detergente (-3,85%), fósforos (-3,17%), água sanitária (-2,83%), entre outros com menores quedas de preços.

O índice de preços do grupo alimentação apresentou forte elevação, 1,63%, puxado pelos aumentos nos preços da carne bovina.

Além da carne, o grupo alimentação registrou outros produtos com altas significativas. Os principais são: repolho (46,17%), cebola (40,63%), beterraba (32,30%), entre outros com menores aumentos. Já os destaques em queda de preços foram: limão (-25,73%), melão (-18,09%), abacaxi (-15,70%), entre outros.

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