Analistas já projetam crescimento abaixo de 1%

Diante dos dados de atividade no primeiro trimestre e da ausência de sinais de recuperação consistente para o restante do ano, o movimento de revisão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 segue em pleno vapor e alguns economistas já estimam que a economia vai crescer abaixo de 1% este ano, mostra pesquisa preliminar do […]

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Foto: Reprodução
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Diante dos dados de atividade no primeiro trimestre e da ausência de sinais de recuperação consistente para o restante do ano, o movimento de revisão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 segue em pleno vapor e alguns economistas já estimam que a economia vai crescer abaixo de 1% este ano, mostra pesquisa preliminar do Projeções Broadcast após a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).

O piso das estimativas é de alta de apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), já a maior previsão é de 2,2%, que, por sua vez, deve ser revisada para baixo. A mediana das expectativas de 26 instituições é de 1,1%, abaixo da projeção da pesquisa Focus, de 1,45%. Na terça-feira, o ministro Paulo Guedes admitiu que a estimativa do governo caiu para 1,5%. Essa forte revisão para o número de 2019 também tem influenciado negativamente as previsões para 2020, que variam de 2% a 3%, com mediana de 2,5%

Parte desse pessimismo deriva da percepção de que o fraco desempenho do período de janeiro a março não deve mudar tanto nos próximos trimestres, uma vez que a principal trava é a incerteza fiscal, segundo economistas, que não deve ser diluída rapidamente.

Com a projeção mais baixa para o PIB de 2019, de 0,5%, a Kapitalo Investimentos explica que o número do ano é bastante influenciado pelo resultado do primeiro trimestre. Como a instituição avalia que a queda no período deve ser de 0,4%, calcula que seria necessário crescer 0,7% nos outros trimestres para resultar em um PIB de 1%, sendo que a média de crescimento desde o início da retomada é de 0,3%.

O BNP Paribas também já estima PIB abaixo de 1% este ano. Ontem, o banco reduziu a projeção de 2% para 0,8%, citando efeito negativo da desaceleração global e o atraso na tramitação da reforma da Previdência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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