Preço do pão francês sofre aumento de 10% em MS, diz sindicato
O pão francês, item básico da cesta básica dos brasileiros, sofreu aumento de 10% durante o mês de julho em Mato Grosso do Sul. De acordo com o presidente do Sindepan-MS (Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Mato Grosso do Sul), Marcelo Silva de Novaes, boa parte das 45 panificadoras integrantes da entidade […]
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O pão francês, item básico da cesta básica dos brasileiros, sofreu aumento de 10% durante o mês de julho em Mato Grosso do Sul. De acordo com o presidente do Sindepan-MS (Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Mato Grosso do Sul), Marcelo Silva de Novaes, boa parte das 45 panificadoras integrantes da entidade já praticaram o aumento em meados de julho e as que ainda persistiam no preço anterior deverão repassar o reajuste imediatamente.
Com isso, de acordo com o Sindepan-MS, o quilograma do produto deve passar de R$ 12,50 para R$ 14,02. Dentre os principais fatores que obrigaram o setor a praticar o aumento, está o período de estiagem, quando o plantio do trigo é reduzido no Brasil.
Na Argentina, o principal fornecedor da farinha utilizada na panificação, o mercado também tem segurado o escoamento da safra, a fim de valorizar o produto. Agrava a situação a oscilação do dólar, moeda utilizada na transação internacional.
“Os fatores desse aumento são alheios a nossa vontade. Mas, além das questões de mercado e da estiagem, desta vez há o valor do frete, que impacta tanto no transporte do trigo quanto na farinha. Seguramos o preço por cerca de um ano, com uma redução na margem de lucro em cerca de 5%. Infelizmente, ficou insustentável”, declara Novaes, referindo-se à tabela nacional de fretes, reivindicação da greve de caminhoneiros em maio deste ano e que já começou a ser incorporada pelas transportadoras.
Aumento expressivo
O último aumento expressivo no preço do pão francês foi percebido em 2015, quando o produto sofreu elevação semelhante nos preços. De lá para cá, houve substituição de materiais, cortes em pessoal e diminuição de investimentos até o limite.
“Não tem expectativa de demissão, porque estamos trabalhando todos no limite máximo. Dois anos antes de fazermos esse reajuste, já havíamos realizado cortes. Padaria que tinha 70 funcionários agora tem cerca de 50. Mas cortar não dá mais, não tem como trabalhar com menos gente”, afirma Novaes.
Mesmo com todo o esforço, o Sindepan-MS ainda registra queda na procura pelos serviços de panificação – uma queda estimada em cerca de 20% na clientela, num período de dois anos. É que além do pão francês mais caro, as panificadoras também contam com outro vilão.
“Os mercados são um concorrente. Por isso, não é possível que aumentemos muito o preço, já que na prática o cliente sumiria. Tentamos segurar o máximo e fizemos redução interna, desde custo a pessoal, o que reduziu também faturamento. Só que agora não tem mais de onde cortar”, conclui.
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