Os juros do cartão de crédito rotativo e do cheque especial tiveram quedas expressivas no mês passado na comparação com abril, mostram dados do Banco Central.
As taxas do rotativo recuaram de 328,6%, em abril, para 303,6% ao ano em maio, 25 pontos percentuais.
Já o cheque especial, que em abril cobrava juros de 321% ao ano, fechou o mês passado com uma taxa de 311,9% ao ano, uma queda de 9,1 pontos percentuais.
Em ambos os casos, as reduções foram causadas por uma razão alheia à queda da taxa básica de juros.
No caso do cheque especial, os bancos anunciaram em março uma autoregulamentação para essa linha.
A partir de julho, irão avisar quando o consumidor entrar no cheque especial e irão oferecer juros mais baixos do que o da modalidade.
Na avaliação do chefe de Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, os bancos podem ter se antecipado, o que resultou na queda das taxas de maio.
No caso do cartão de crédito, a explicação para a queda também pode ser antecipação de mudança de regras do rotativo. Desde o início deste mês, o pagamento mínimo da fatura do cartão, que antes era de 15%, passou a ser determinado pelos bancos por decisão do CMN (Comitê Monetário Nacional).
Em caso de atraso no pagamento de empréstimos, os bancos só poderão cobrar os mesmos juros acertados no momento da contratação da operação.