A receita com a exportação de produtos industrializados cresceu 26% no primeiro semestre deste ano em Mato Grosso do Sul. Os dados comparam a exportação no mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Radar Industrial da (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul).

Segundo os dados, o estado exportou US% 1,39 bilhão em produtos industrializados no ano passado, contra US$ 1,75 bilhão registrados nos seis primeiros meses deste ano.  Se a avaliação considerar apenas o mês de junho, o aumento foi de 32% comparado com o mesmo mês de 2017. Ezequiel Resende, coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems explica que este foi o melhor resultado para o mês de junho dos últimos quatro anos no estado.

Quanto ao volume, as exportações de industrializados registram alta de 17% em Mato Grosso do Sul. A indústria respondeu por 48% de toda a receita de exportação no estado no mês de junho. “De janeiro a junho, os principais destaques ficaram por conta dos grupos Celulose e Papel, Complexo Frigorífico, Extrativo Mineral, Óleos Vegetais, Açúcar e Etanol e Couros e Peles, que, somados, representaram 98,2% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior”, informou o economista.

No caso do grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado foi de US$ 968,22 milhões, crescimento de 93% no semestre comparado com o mesmo período do ano passado. Deste total, 98% foram obtidos apenas com a venda da celulose.

Impacto da greve

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a soma da receita dos meses de janeiro a junho deste ano foi de US$ 421,5 milhões e houve uma redução em relação ao mesmo período do ano passado. Resende explica que a baixa quantidade de carne embarcada no mês de junho pode ser um reflexo da greve dos caminhoneiros, que impediu que cargas saíssem dos frigoríficos e entrassem nos portos no fim de maio. “Além disso, o preço da tonelada da carne brasileira em patamar recorde também pode ter limitado as compras por parte de alguns países, já que reduz a competitividade da proteína nacional”, ressaltou o economista.

(Com informações da Fiems)