Especialista ensina como se livrar das dívidas em cinco passos

Pesquisa da CNC revelou que março teve maior índice de inadimplência

O número de famílias endividadas e inadimplentes aumentou em março em relação ao mês anterior, conforme a pesquisa divulgada nesta quinta-feira (5) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Segundo a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), o número de famílias com dívidas como cartões de créditos, carnês de loja, empréstimo pessoal, entre outros, subiu de 51,2% em fevereiro para 55,3% em março.

Em relação a inadimplência, foi registrado o índice de 28,9% de famílias com contas em atraso em fevereiro, sendo que 10,9% não disseram não ter condições de pagar. Neste mês, o percentual total subiu para 30,3%, sendo que 12,3% informaram que não conseguirão quitar suas dívidas. Apesar do aumento, a pesquisa mostra que os resultados estão menores que os obtidos no ano anterior.

Para quem não quer ficar pendurado em dívidas, o Jornal Midiamax ouviu algumas dicas da economista:

1º Dinheiro x Dívidas

Segundo Dias, a dica mais importante é que o consumidor deve sempre verificar o seu orçamento, observando quanto ganha e quais são as despesas do mês. “Sempre escrever em um papel, o que ela tem de renda líquida e tudo aquilo que ela tem de despesas fixas, como aquelas de endividamento de cartão de crédito, de carnê, tem que colocar tudo ali”, conta.

Conforme a economista, a visão clara dos valores pode ajudar a pessoa a saber o quanto ela pode gastar. “A partir disso, ela vai saber o quanto que ela pode gastar, se ela precisa fazer um parcelamento e quanto ela consegue pagar”, disse.

2º Cautela sempre

Segundo Dias, é necessário que o consumidor continue cauteloso com as compras e fazendo, sempre que possível, pesquisa de preço. “Ver essa variação de produtos, de repente até fazer uma prévia de pesquisa em casa, não só de preço, mas de produtos similares, produtos substitutos”, disse.

3º Prioridades

Outro ponto ressaltado pela economista juntamente com a cautela é a avaliação de prioridades. “Precisa ter essa organização das prioridades também”, disse. O consumidor deve priorizar o que deve ser gasto e, se possível, adiar outras compras.

4º E para quem já está endividado

“Faça de novo os cálculos, veja o quanto você pode pagar por mês e tente uma renegociação de dívida”, disse a economista. Algumas dessas renegociações, segundo Daniela, podem ser feitas com os próprios bancos e lojas em que o consumidor possua o carnê.

“Sempre vendo se cabe no orçamento, se a renegociação cabe ou, de repente, um parcelamento maior ou com valores mais expressivos”, contou.

5º Fuja do cartão de crédito e outros ‘vilões’

Dias ressalta que para as pessoas que já tem dificuldade de se organizar financeiramente, é importante utilizar apenas o que se tem, sem recorrer para outros cartões de crédito ou modalidades de empréstimo financeiros. “Você precisa ter maior cautela ainda. Se eu sei que que não consigo utilizar direito o cartão de crédito, então, tente até deixar em casa e só utilize quando tiver muito claramente esta questão do orçamento”, explicou.