Confiança das micro e pequenas empresas fica em 51 pontos em setembro

O índice de confiança dos micro e pequenos empresários ficou em 51,0 pontos em setembro ante os 51,1 pontos registrados em agosto, o que mostra que a proximidade com as eleições não alterou a visão dos empresários. Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o […]

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O índice de confiança dos micro e pequenos empresários ficou em 51,0 pontos em setembro ante os 51,1 pontos registrados em agosto, o que mostra que a proximidade com as eleições não alterou a visão dos empresários.

Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o Indicador de Condições Gerais, que avalia a percepção dos últimos meses, ficou em 39,8 pontos e o Indicador de Expectativas, que projeta um horizonte futuro de seis meses, marcou 59,4 pontos.

“Os dados mostram que a maioria dos empresários de menor porte está otimista com o futuro, mas ainda em compasso de espera. Alguns indicadores macroeconômicos apresentam sinais de melhora, mas as disputas eleitorais sempre geram incerteza. Isso faz com que a confiança não deslanche, mas também não retroceda aos patamares do auge da crise”, disse o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

A pesquisa indica ainda que, para 53% dos micro e pequenos empresários, a economia piorou nos últimos seis meses. Aqueles que notaram melhora nesse período foram 17%. Quando analisam o desempenho do próprio negócio, 24% avaliaram que sua empresa avançou e 36% disseram que piorou.

A queda das vendas foi a principal razão para essa piora entre 77% dos entrevistados. O aumento dos preços da matéria-prima e dos produtos foi citado por 30% e 10% disseram ter sentido as consequências da inadimplência de seus clientes. Já entre os que observaram melhora nos negócios, 61% disseram ter vendido mais no período e 23% atribuem a uma melhora da gestão da empresa.

Futuro

Pelo menos 57% dos empresários disse estar confiante com o futuro do próprio negócio, dos quais 29% atribuíram isso a uma boa gestão do negócio e 27% não souberam apontar a razão de seu otimismo. Já no sentido contrário, os pessimistas são 11%.

Quando questionados sobre as perspectivas quanto à economia, 36% estão confiantes, mas, destes, 47% não sabem apontar os motivos. Outros 21% apostam no mercado consumidor e 21% esperam um cenário político mais favorável. Os pessimistas chegam a 24%, principalmente por causa de incertezas políticas (65,6%).

Desempenho

Para 39% dos micro e pequenos empresários, o resultado das vendas foi satisfatório em agosto, e 46% acreditam em aumento do faturamento nos próximos seis meses. O  levantamento mostrou que 39% consideram ter tido um bom desempenho de vendas. Para 41%, o resultado foi regular e 18% avaliam como ruim ou péssimo. Em relação às perspectivas para os próximos seis meses, a maior parte acredita que o faturamento irá crescer (46%) e apenas 4% apostam em queda na receita, enquanto 42% esperam um faturamento igual.

Entre os que acreditam em crescimento do faturamento, 32% atribuem a perspectiva a novas estratégias de vendas; 31% não têm uma razão concreta; 24% apostam na diversificação do portfólio de produtos para ampliar a receita e 19% pretendem investir na melhoria da gestão.

“O segundo semestre tem datas comemorativas importantes para o varejo que devem aquecer as vendas. É natural perceber esse otimismo com relação ao faturamento”, disse o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

A pesquisa mostrou também que 43% conseguiram fazer alguma melhoria no negócio nos últimos seis meses, contra 56% que não conseguiram. Entre as melhorias destacadas estão a compra de equipamentos (34%), a reforma da empresa (32%), a ampliação do estoque (28%), a qualificação da mão de obra (14%) e a ampliação do portfólio de produtos (13%).

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