Volta da exportação da carne in natura de MS é aceno para novos mercados, diz secretário
Exportação pode ser retomada em dois meses
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Exportação pode ser retomada em dois meses
O anúncio de que a exportação aos Estados Unidos da carne in natura sul-mato-grossense será retomada, após quase um mês de suspensão, é vista com esperança para a abertura de novos mercados, disse o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, em entrevista ao Jornal Midiamax nesta terça-feira (18).
O embargo da carne produzida no frigorífico da JBS em Campo Grande, localizado na BR-060, segundo Jaime Verruck, não é deve ser considerado como um grande impacto, e explicou que a carne in natura exportada aos EUA representa 4% da produção da planta. “O volume foi quase insignificante, insuficiente para impactar o setor”. O abate continuou”, completou. Também foi interrompida a exportação de três plantas da Marfrig, localizadas em São Gabriel (RS), Promissão (SP) e Paranatinga (MT); e uma da Minerva, em Palmeiras de Goiás (GO).
Apesar da interrupção de quase um mês, o secretário disse considerar a retomada uma forma de favorecer outros mercados, assim como o Japão, que possui os mesmos padrões sanitários dos Estados Unidos e que suspendeu a importação do produto brasileiro em abril, justamente após a Operação ‘Carne Fraca’ da Polícia Federal – envolta de polêmicas.
O motivo da suspensão seria a maneira como a vacina contra a febre aftosa é aplicada no Brasil, que poderia deixar abscessos em pedaços grandes de carne, especialmente na parte dianteira do animal. Segundo Jaime Verruck, o país cogita mudar a fórmula da vacinação. “Os Estados Unidos são competidores nesse setor, então serão minunciosos com a qualidade”, indicou. A exportação da carne fresca começou em setembro do ano passado, após 17 anos de negociação. Os Estados Unidos já era consumidor do Brasil, sem ressalvas, da carne animal industrializada.
O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, declarou na segunda-feira (17) que ainda é preciso aguardar posicionamento técnico dos EUA, o que pode levar entre 30 e 60 dias, enquanto isso, o setor visa a ampliação do mercado. “O país voltar a aceitar nossa carne é um sinal aos demais”, acredita. Para conseguir habilitar, de novo, essas plantas, o governo brasileiro teve que criar uma série de instruções normativas, e uma das principais mudanças adotas pelo Ministério é referente a inspeção, que era feita por meio de amostragem e passa a ser por todo o produto.
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