Teto de financiamento com uso do FGTS vai subir para R$ 1,5 milhão, diz Meirelles

“A classe média vai ser extremamente beneficiada”

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“A classe média vai ser extremamente beneficiada”

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o governo já decidiu elevar para R$ 1,5 milhão o limite de financiamento imobiliário via Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – atualmente, em São Paulo, o teto está em R$ 950 mil.

“A classe média vai ser extremamente beneficiada (pela medida)”, disse Meirelles, em entrevista exibida na noite de quarta-feira, 15, pela Globonews. O ministro não informou quando o novo limite passará a valer.

Na entrevista à Globonews, Meirelles disse ainda que a venda de terras para estrangeiros será liberada “nos próximos 30 dias”. O objetivo da medida, segundo ele, é dar impulso ao agronegócio, “uma das áreas que está dando certo” no País. O ministro, no entanto, não informou que tipo de mecanismo legal será utilizado para liberar o acesso de investidores de fora do Brasil ao mercado de propriedades rurais.

Crescimento

Sobre a retomada da economia, Meirelles disse acreditar que a atividade vai chegar ao fim deste ano a um ritmo de crescimento de cerca de 2% ao ano. “Vamos nos lembrar que saímos de uma recessão de -3%. Então (reverter o quadro) para 2 positivo é bastante”, afirmou. Já a taxa de desemprego, na visão do ministro, vai começar a cair no segundo semestre deste ano e chegar em 2018 a um patamar “cada vez menor”.

A confiança na retomada, de acordo com o ministro, está baseada numa série de fatores: o controle dos gastos públicos com a PEC do Teto; as reformas da Previdência e trabalhista; a queda na taxa de juros; o recuo da inflação; a criação de um novo programa de regularização tributária; a nova fase do programa de repatriação de capitais, em discussão no Congresso; o apetite renovado dos investidores pelos leilões das áreas de petróleo, entre outros.

O governo também trabalha na mudança das regras de execução de garantias para empréstimos, o que Meirelles acredita que vai contribuir para tirar o Brasil da “terapia intensiva”.

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