Primeira termelétrica do Pantanal pode atender 1 milhão de pessoas em 2023

Relações exteriores auxilia na relação com a Bolívia

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Relações exteriores auxilia na relação com a Bolívia

O Governo do Estado está empenhado dar andamento ao projeto da termelétrica de Ladário, distante 435 quilômetros de Campo Grande, que está no papel há anos. Se todos as condições para a construção forem satisfeitas, a usina entrará em operação em 2023 e fornecerá energia para 1 milhão de habitantes.

Com este propósito, o Governo aproveitou a visita do Ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro para intermediar a relação entre o Estado e a Bolívia, para o fornecimento de gás que vai viabilizar a usina.

“Existe gasoduto pronto para receber a termelétrica. É um projeto de muitos anos. O Governo tem feito trabalho no sentido de tentar viabilizar gás, que dá viabilidade para o projeto. Como envolve a Bolívia, estamos usando da relação do ministro Parkinson para nos auxiliar nessa relação entre Mato Grosso do Sul, o eventual grupo de interesse no projeto e o governo boliviano”, explicou Marcelo Miglioli, secretário de Estado de Infraestrutura, em coletiva na sede da MSGás na tarde desta quarta-feira (25).

Primeira termelétrica do Pantanal pode atender 1 milhão de pessoas em 2023

O ministro adiantou que está organizando uma reunião que deve acontecer na próxima segunda-feira (30) em Brasília. Irão participar da reunião o governador Reinaldo Azambuja, o presidente bolviano Evo Morales e ministros.

“A ideia é que diante da presença e do interesse do presidente Evo Morales em fortalecer relações com o Brasil, o ministro correspondente faça uma manifestação de interesse”, pontua Parkinson.

Rudel Trindade, diretor-presidente da MSGás (Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul ) explicou que este relacionamento com a Bolívia se faz necessário porque, mesmo o país já sendo um fornecedor gás natural para o Brasil através do Gasbol, a usina será servida por outro ramal. “É uma questão técnica. É um gasoduto dedicado de 40 quilômetros que leva o gás até a divisa de Ladário com Corumbá, num investimento de R$ 60 milhões de mais de 10 anos”, detalha.

Desenvolvimento

Além dos benefícios do aumento de disponibilidade energética na região, Miglioli destaca o desenvolvimento. “Traz desenvolvimento para a região, investimento, emprego direto e indireto”, analisa.

Rudel ressalta que o projeto favorece o Estado ao impulsionar a MSGás e a Sanesul. “Alavanca duas companhias importantes do Estado. A MSGás, que vai transportar o gás, e a Sanesul, que vai fornecer água”, explica.

Quando entrar em operação, a usina terá um consumo de 260 metros cúbicos de água por hora, que será fornecida em instalação independente do sistema de distribuição das duas cidades.

Em relação ao gás, a termelétrica utilizará cerca de 1,2 milhão de metros cúbicos de gás por dia, gerando recolhimento de ICMS para o Estado.

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