Seis de sete frigoríficos suspenderam atividades

Depois de anunciar na última semana a suspensão dos abates em seis dos sete frigoríficos que mantém em Mato Grosso do Sul, a JBS anunciou o retorno das atividades nesta segunda-feira (27). A empresa é alvo da Operação “Carne Fraca”, deflagrada pela Polícia Federal, que provocou caos no mercado ao colocar em xeque a qualidade do produto brasileiro, apontado indícios de adulteração dos produtos colocados à venda no País.

Entretanto, a produção deve ficar em até 65% da capacidade produtiva. No País todo, a JBS parou o abate em 33 de suas 36 unidades que processam bovinos por três dias.

De acordo com a empresa, as medidas “visam ajustar a produção até que se tenha uma definição referente aos embargos impostos pelos países importadores da carne brasileira”.

“Preocupação com empregos”

No material, a JBS também afirma que está empenhada na manutenção do emprego de 125 mil pessoas no País. São 12 mil em Mato Grosso do Sul, considerando as 22 unidades instaladas em 9 municípios, considerando o processamento de carne bovina, carne suína e outros itens de origem animal. A empresa, em 2015, recebeu do governo do Estado incentivo fiscal que vai chegar a 1 bilhão até 2019.

Nos últimos anos, a JBS comprou vários frigoríficos no Estado, assumindo uma dívida com a União estimada em R$ 38 bilhões, que não está sendo paga, segundo informação obtida pelo Jornal Midiamax junto à Procuradoria Nacional da Fazenda.

Segundo a estimativa da Acrissul, a empresa compra 80% do que é produzido aqui. A entidade, no sábado passado, havia previsto caos no setor com as suspeitas levantadas pela Polícia Federal, que envolvem ainda o grupo BRF, dono das marcas Sadia e Perdigão, além de outras 19 empresas.

Em razão dessa operação, auditores fiscais agropecuários recolheram ontem produtos de origem animal em cinco supermercados de , que agora vão para análise em laboratórios do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).