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Economia

Comércio da Capital sofreu com o pior abril dos últimos 5 anos, diz associação

Mês de abril atingiu 82 pontos
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Mês de abril atingiu 82 pontos

O levantamento do Movimento do Comércio Varejista (MCV) produzido pela Associação Comercial e Industrial de (ACICG) mostrou que, o mês de abril atingiu 82 pontos, indicando queda nas vendas em relação ao mês de março (93). O resultando também ficou cinco pontos abaixo do apurado no mesmo período de 2016. 
“Desde novembro de 2016 não registrávamos indicador inferior ao ano anterior. Esse é o pior índice para o mês de março desde 2012, quando começamos a catalogar os dados”, conta o economista-chefe da ACICG, Normann Kallmus.Comércio da Capital sofreu com o pior abril dos últimos 5 anos, diz associação

Kallmus acredita que o que motivou o pior abril dos últimos 5 anos foi a sequência de feriados e da greve em dias úteis, além do conturbado cenário político. “Foram dias de “tempestade perfeita” para o setor terciário local, que conviveu com uma inacreditável sucessão de feriados e pontos facultativos, o que reduziu as vendas e aumentou os custos de quem precisou trabalhar”, relata.

A média do quadrimestre de 87 pontos contra 83 em 2016, segue demonstrando melhora nas condições gerais, mas geram preocupações em aspectos como a lenta retomada do consumo e o comportamento do nível de emprego.

“A resposta rápida do governo ao mercado internacional em relação aos efeitos da operação “Carne Fraca” foi decisiva para que os reflexos ficassem circunscritos a uma queda momentânea das exportações, sem alterações nos níveis de preços praticados. Para o município de Campo Grande, cuja matriz de exportação tem concentrados nessa cadeia 76% dos embarques, a notícia não poderia ser melhor. Embora seja natural e esperado que a recuperação se dê de forma lenta, os elementos que explicam esse comportamento não residem na economia real, mas na inconsistência jurídica e nas intermináveis negociações políticas”, explica o economista.

Metodologia – O MCV/ACICG é um índice apurado a partir da evolução dos dados do setor, englobando as transações realizadas entre empresas e também entre consumidores e o comércio. Considerando a sazonalidade característica da atividade comercial, o MCV foi desenvolvido com base fixa definida pela média do desempenho do ano de 2014. O Índice é composto de dois outros sub índices que ajudam a avaliar sua evolução: o MCV-PF, que analisa as transações entre Pessoas Físicas e as empresas do setor terciário, e o MCV-PJ, que avalia as transações entre as empresas.

O MCV-PF de abril foi de 84 pontos, contra 88 no mesmo mês de 2016, 97 em 2015 e 92 em 2014. Normann Kallmus fala que, diferente do que ocorreu até março, o desempenho desse indicador não foi suficiente para gerar um crescimento em relação ao ano passado.

Também em queda, MCV-PJ de abril foi de 65 pontos contra 76 no mesmo período de 2016, e 93 em 2015. “Este continua sendo o maior problema registrado na análise do mês, que corrobora a tendência que temos observado nos últimos meses. O comportamento desses indicadores parece sugerir que estão ocorrendo duas alterações significativas no comportamento das empresas do setor que é responsável por mais de 75% do PIB (Produto Interno Bruto) em valores agregados do município”, avalia Kallmus.

“Em primeiro lugar, as empresas não estão fazendo estoque, o que pode ser observado a partir do comportamento muito similar entre os MCV-PF e MCV-PJ. Esse comportamento poderia ser até considerado dinamizador da atividade, não fosse o fato de que acaba simultaneamente reduzindo a velocidade de circulação da moeda e reduzindo as vantagens comparativas em relação à concorrência externa. O outro aspecto a ser destacado é derivado da observação do fechamento de empresas e da alteração da atividade principal, de revenda a representação. Nesse aspecto, os movimentos da administração do município, em especial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia – SEDESC, parecem indicar um caminho promissor ao procurar intensificar as trocas locais, reduzindo a evasão de capital, o que terá como consequência um aumento da arrecadação”, completa.

Perspectivas

O economista-chefe da ACICG afirma que maio é um mês importante para o varejo e 2017 deverá manter esta tendência. O gráfico a seguir foi construído a partir dos índices da Receita Nominal do Comércio e Serviços do IBGE, com foco para o segmento mais sensível à segunda data mais importante para o comércio, o Dia das Mães: Tecido, Vestuário e Calçados.

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