Campo-grandense pretende passar o carnaval em casa e gastar pouco, diz pesquisa

Blocos de rua é a atividade principal de quem irá pular carnaval

Pesquisa revela que 74,41% dos campo-grandenses não pretendem viajar e 81,91% dizem que não participarão de atividades carnavalescas. A pesquisa foi realizada pela Fecomércio/MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de MS) a Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) e a UEMS (Universidade Estadual de MS), com 270 pessoas em 10 regiões da Capital entre os dias 13 e 16 de fevereiro.

A pesquisa avaliou a intenção de gastos da população durante o feriado de carnaval e com os resultados, projeta-se que Campo Grande vai receber de R$ 54 milhões. Em relação aos que irão passar o período fora da cidade, são R$ 25 milhões que deixarão de ser recolhidos para a Capital.

De acordo com a superintendente de Cultura da Sectur, Renata Leoni, conhecer os hábitos e motivações para a participação ou não das atividades carnavalescas é importante para que no próximo ano o evento possa ser melhor preparado. “Queremos fazer um trabalho que valorize as manifestações e o carnaval é uma delas. Estamos conhecendo o que as pessoas gostam, deixam de gostar e o que está as está impedindo de curtirem o carnaval de Campo Grande”, enfatiza.

Dados

Aqueles que participarão de alguma atividade no carnaval (9,87%), a maioria afirma que participará de blocos de rua (27,27%) e assistir os desfiles de São Paulo e Rio de Janeiro pela TV. Da parcela que irá viajar, os destinos principais são Corumbá (15,30%), Rio Verde (11,90%), chácara (10,20%) e Rio de Janeiro (6,80%).

Quanto aos gastos a maioria diz que pretende desembolsar até R$ 49,00 entre alimentação (51,73%), bebidas (35,73%), viagens (8,53%) e Uber (2,13%). Sobre a média de gastos com bebidas, 37,30% dos entrevistados disse que pretende dispor de R$ 16,00 a R$ 50,00 e 28,57% pretendem desembolsar de R$ 51,00 a R$ 100,00. Com alimentação, até R$ 50,00 é o que será gasto por 45,29% e 30,59% querem usar de R$ 51,00 a R$ 100,00.

O perfil dos entrevistados é das faixas etárias dos 30 a 40 anos (28,52%) e 20 a 24 anos (22,96%), com ensino médio completo (31,85%) como nível de escolaridade, com faixa de renda de 2 a 3 salários mínimos (43,33%), com sertanejo (26,%) e gospel (11,65) como tipos musicais preferidos.

Pesquisas

O questionário aplicado entre os dias 13 e 16 de fevereiro faz parte da primeira etapa da pesquisa que tem como objetivo saber como o campo-grandense reage à questão do carnaval, como é realizado e como é percebido pelas pessoas.

Durante os dias de carnaval, uma segunda etapa será realizada, que pretende entender sobre o folião e será aplicada em pontos estratégicos como centro, aeroporto, rodoviária e na festas. “A grande curiosidade é saber o perfil do folião e saber se Campo Grande recebe turistas no carnaval, de onde ele vem, assim como os gastos”, avalia Juliane.

Após a realização das pesquisas, as entidades que trabalharam para a realização do evento, receberão os dados para que, se necessário, possa ser feita uma adequação ou reformulação para satisfazer os campo-grandenses e turistas.