Azambuja vai até Temer para tentar estancar perdas com ICMS do gás
Petrobras reduziu compra do combustível
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Petrobras reduziu compra do combustível
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), prometeu na manhã desta segunda-feira (13), em Corumbá, a recorrer até ao presidente da República, Michel Temer, como tentativa de barrar as perdas de impostos acerca da importação do gás boliviano. Somente em janeiro, o Estado deixou de receber R$ 43 milhões com o tributo.
Mato Grosso do Sul ganha com combustível boliviano por meio do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias). O gás sai da Bolívia, por Corumbá, e atravessa todo o Estado, pelo gasoduto, até Três Lagoas. Por conta dessa travessia, o Estado recebe o imposto mensal. Em dezembro passado recebeu perto de R$ 80 milhões, já em janeiro, em torno de R$ 35 milhões.
A explicação pela queda: a Petrobras reduziu a compra do gás boliviano, daí a redução do imposto.
“A Petrobras, inexplicavelmente, reduziu o bombeamento do gás da Bolívia nos últimos anos, de 30 milhões de metros cúbicos para 11 milhões de metros cúbicos, talvez por uma estratégia de mercado, mas não podemos aceitar uma medida que traga prejuízos ao nosso Estado”, disse o governador, que já pediu uma audiência com o presidente da estatal, Pedro Parente, para cobrar uma explicação e formalizar o posicionamento do seu governo.
OBRIGAÇÕES
Reinaldo Azambuja, por meio da assessoria de imprensa, adiantou que levará no encontro com o presidente da Petrobras, representantes dos principais segmentos do Estado, como a Fiems, Famasul, Faems, Fecomércio e Assomasul, além dos senadores e deputados que compõem a bancada federal.
Ele disse que deverá se reunir também com o presidente Michel Temer para expor os prejuízos que a decisão da Petrobras tem causado a Mato Grosso do Sul.
“É um direito nosso, da sociedade sul-mato-grossense, mantermos a receita para que possamos cumprir as obrigações do governo e atender aos municípios”, ponderou.
“A Petrobras não pode tirar essa receita do nosso Estado, num momento de crise e recessão, e queremos ouvi-la para tomada de uma posição, que não será do governo, mas da sociedade”, completou.
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