Prévia da inflação cai e é a menor para meses de junho desde 2013
IPCA foi divulgado pelo IBGE nesta terça
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
IPCA foi divulgado pelo IBGE nesta terça
A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), desacelerou de maio para junho, fechando em 0,4%, menos da metade do índice de maio (0,86%) e o menor IPCA-15 para meses de junho, desde 2013, quando foi de 0,38%.
Os dados do IPCA-15 – uma prévia da inflação oficial do país para maio – foram divulgados hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a desaceleração do indicador em relação a junho, o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado Especial (IPCA-E) – que é o IPCA-15 acumulado por trimestre (no caso, abril, maio e junho), fechou em 1,78%, quase 1 ponto percentual (0,9%) abaixo da taxa de 2,68% de igual período de 2015.
O resultado faz com que a taxa acumulada no primeiro semestre do ano seja de 4,62%, bem abaixo dos 6,28% do primeiro semestre do ano passado. O IBGE ressalta, ainda, o fato de que, considerando os últimos 12 meses, o índice caiu 0,64 ponto percentual, para 8,98%. Nos doze meses encerrados em maio, a taxa era de 9,62%. Em junho de 2015, havia sido de 0,99%.
A queda do IPCA-15 em junho reflete retração nos preços da maioria dos grupos de produtos e serviços com destaque para Saúde e Cuidados Pessoais (1,03%), Alimentação e Bebidas (0,35%) e Transportes, este último fechando com deflação (inflação negativa) de 0,69%.
Preços em alta
Entre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA-15, em junho apenas três fecharam com elevação de preços em relação a maio: Habitação ( passou de 0,99% para 1,13%); Despesas Pessoais (de 0,81% para 0,89%); e Artigos de Residência (de 0,55% para 0,57%).
A alta mais expressiva entre os três ficou com o grupo Habitação, onde o 1,13% de variação traz como destaque a alta da taxa de água e esgoto, que subiu 4,5% e representou o principal impacto individual no índice do mês (0,07 ponto percentual); também contribuíram os itens energia elétrica (1,37%), condomínio (0,76%) e artigos de limpeza (0,68%).
O grupo Despesas Pessoais, a segunda maior alta (0,89%), tem como destaque o item cigarro, cujos preços subiram 5,44% após reajustes entre 3% e 14%, conforme a marca, com vigência a partir de 1º de maio, em todas as regiões. Já em Artigos de Residência (0,57%), destaca-se o item Tv, som e informática, com variação de 2,15%.
Grupos em queda
Já entre os seis grupos de produtos e serviços que fecharam junho em queda frente a maio e, portanto, pressionando o IPCA-15 para baixo, os destaques ficaram com Saúde e Cuidados Pessoais (caíram de 2,54% para 1,03%, retração de 1,51 ponto percentual); Alimentação e Bebidas (1,03% para 0,35%); e Transportes, que, depois de já ter fechado maio com deflação de 0,18%, voltou a registrar deflação em junho: de -0,69%.
Segundo o IBGE, para a queda de 1,03% do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, destacam-se os preços dos remédios, que, depois de terem uma alta de 6,5% em maio, despencaram para 1,11% em junho – menos 4,49 pontos percentuais entre um mês e outro.
No caso dos remédios, houve influência, principalmente em maio, do reajuste de 12,50% autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que entrou em vigor a partir do dia 1° de abril.
No grupo Alimentação e Bebidas, a desaceleração de preços reflete o fato de que vários produtos do grupo tiveram seus preços significativamente reduzidos de maio para junho, a exemplo da cenoura (-25,63%), do açaí (-9,06%), do tomate (-8,10%), das frutas (-5,43%) e das hortaliças (-3,82%), todos com deflação.
Ainda assim, o grupo fechou com altas significativas em alimentos de peso na despesa das famílias como feijão carioca (16,38%) e o leite (5,35%).
Já no grupo Transportes, a deflação de -0,69% reflete a queda do preço do etanol, 6,6% mais barato, o que influenciou a gasolina, com o preço do litro mais baixo em 1,19% em relação a maio; além das passagens aéreas, com queda de 4,11%.
Regiões
Apesar da queda significativa do IPCA-15, de maio para junho, seis das cinco regiões metropolitanas e municípios envolvidos na pesquisa apresentaram taxas superiores à média global do mês de 0,4%. A maior alta foi registrada na região metropolitana de Belo Horizonte, com 0,81% (contra 0,7% de maio), pressionada pela taxa de água e esgoto (13,2%) e pela energia elétrica (3,8%).
Em seguida, aparece a Região Metropolitana do Recife, onde o IPCA-15 ficou em 0,68%, ainda assim, fechando em queda em relação a 0,72% de maio. Em Fortaleza, a taxa foi de 0,48%, Salvador (0,44%), Porto Alegre (0,42%) e Belém (0,41%).
Entre as cinco regiões com taxas inferiores à media global do IPCA-15, entre maio e junho, a menor foi verificada em Brasília, onde houve deflação de 0,02%. Pela ordem, Goiânia fechou em alta de apenas 0,01%, Curitiba (0,23%), Rio de Janeiro (0,34%) e São Paulo com variação de 0,36%.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Semana começa com 3556 vagas de emprego em Mato Grosso do Sul
São 956 vagas para a capital que abrangem diversas áreas e níveis de escolaridade
Com feira de adoção e desfile de pets, ação em shopping de Campo Grande reforça combate ao abandono animal
Evento foi realizado no shopping Bosque dos Ipês, na tarde deste sábado (14)
Grupo especializado em roubo de camionetes é ligado a facção e usava codificador de chaves
Investigações mostram que ordens de furtos vinham de presídio de Mato Grosso
Lula segue internado e fará exames de sangue, diz boletim médico
Alta está prevista para a próxima semana
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.