Número de milionários aumentou no Brasil, diz banco suíço

  Estudo divulgado pelo jornal O Estado de São Paulo questiona “crise”

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Estudo divulgado pelo jornal O Estado de São Paulo questiona “crise”

Um estudo do banco Credit Suisse afirma que o número de milionários aumentou no Brasil. Divulgada em reportagem do jornal O Estado de São Paulo, a pesquisa declara que há, no país, 10 mil novos brasileiros com fortunas acima de US$ 1 milhão. São 172 mil pessoas em 2016. O número de milionários aumentou em todo o mundo: de 32,3 milhões em 2015 para 32,9 milhões em 2016, um total de 596 mil novas fortunas registradas.

“Os dados se contrastam com a realidade econômica do País, com um desemprego recorde. Segundo o próprio estudo revelado na Suíça, o Brasil ‘enfrenta sérias dificuldades’, afirma o jornal.

Ainda de acordo com a pesquisa, a renda média do brasileiro, em dólares, é apenas um terço do que era em 2011. “Ainda que o patrimônio tenha continuado a aumentar na moeda local, esses ganhos são em grande parte inflacionários”, afirma o estudo.

Renda

O jornal, ao citar a pesquisa, afirma que “dados anteriores mostraram que a média da renda de uma família triplicou entre 2000 e 2011, saindo de US$ 8 mil por adulto para US$ 27,1 mil. A história da riqueza no Brasil foi uma de um boom e de uma explosão. Em 2016, os dados apontam que a renda média de um adulto voltou a cair para apenas US$ 21 mil por ano”.

Os ativos financeiros ainda representam 36% do patrimônio de famílias no Brasil. O estudo afirma que “muitos brasileiros mantém uma relação especial com ativos imobiliários, especialmente em forma de terra, como uma proteção contra futura inflação”.

A dívida de famílias não apresentou grandes alterações, de acordo com o banco, e passou de 19% de seu patrimônio em 2015 para 18% em 2016. O banco avalia a questão afirmando que o cenário indica “maior cautela diante do aumento de incertezas que o país atravessa”, conforme citou o Estadão.

Desigualdade

A crise, no entanto, também alerta para o aumento da desigualdade social, de acordo com o banco. “O próprio banco revela a dimensão da desigualdade social no Brasil e aponta que o fenômeno é “relativamente alto”, explica o jornal. O Brasil tem 245 mil adultos entre a camada que representa 1% da riqueza mundial.

“O nível relativamente alto de desigualdade reflete a desigualdade de renda, o que por sua vez está relacionado com um padrão desigual de educação pela população e a divisão entre os setores da economia formal e informal”, declara o Credit Suisse.

O Japão responde pelo maior aumento de milionários em 2016 – 738 mil novas pessoas nessa categoria, atingindo 2,8 milhões de cidadãos -. Já os Estados Unidos somam 13,5 milhões de pessoas, e a Alemanha 1,6 milhão. Na América Lartina, Argentina e México apresentaram “queda” do número de milionários. A China também perdeu 43 mil pessoas na categoria.

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