Mudança no Minha Casa, Minha Vida causa protesto e setor prevê crise
Construtores de MS preveem demissões de 50 mil
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Construtores de MS preveem demissões de 50 mil
A mudança das regras nas políticas habitacionais tem preocupado os pequenos construtores de Mato Grosso do Sul, que se reuniram neste sábado na Praça do Rádio Clube para protestar contra as medidas propostas pelo governo federal que devem impactar a partir de 2017 as novas construções do ‘Minha casa, minha vida”. O protesto reuniu aproximadamente 50 pessoas.
A portaria 160/16 do Ministério das Cidades entra em vigor no ano que vem e uma das exigências é que os imóveis sejam construídos somente em ruas de asfalto. Um problema para os construtores que compraram terrenos em vias não pavimentadas ou já construíram os imóveis nestes locais.
A exigência de que todas as casas sejam produzidas com laje, a exigência de que, para as varandas dos recuos laterais, obedecer as medidas de no mínimo 75 centímetros.Outro detalhe é que um terreno você não pode construir duas unidades. A portaria determina ainda que todas as construções sejam feitas por empresas.
Com as mudanças pela frente, os pequenos construtores na Capital são responsáveis pela construção anual de 2,5 mil imóveis por meio do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), mas se as mudanças forem mantidas, a projeção é de um ano novo com retração acima dos 30% no número de novas construções.
Com as limitações previstas, o temor do setor também é com o desemprego. As demissões podem chegar a 50 mil.
Em razão disso, os representantes do setor da construção civil em Mato Grosso do Sul pretendem até boicotar a Caixa Econômica Federal para tentar chamar a atenção do governo. A ideia é de que no próximo dia 21, os integrantes do setor comecem a retirada de seus saldos financeiros do banco, simultaneamente, em todo o País.
“Não vamos ficar de braços cruzados enquanto o Governo não se sensibilizar e se voltar para o problema que vai agravar ainda mais a crise econômica no Páis, com a demissão de milhares de novos trabalhadores que hoje estão no mercado”, afirma Celso Barros, membro do Movimento MS.
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