Já em relação ao volume, no mesmo período, a redução foi de 15%

As exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul registrou queda de 12,9% na receita em janeiro deste ano. A comparação é relativa ao mesmo período do ano passado, quando foram registrado US$ 279,5 milhões. Em 2016 a receita atingiu US$ 243,5 milhões. Os números são do levantamento do Radar Industrial da Fiems.

Já em relação ao volume, no mesmo período, a redução foi de 15%, saindo de 859.100 toneladas para 729.803 toneladas, sendo que no primeiro mês deste ano os produtos industrializados representaram 76% de tudo que foi exportado pelo Estado, enquanto em janeiro de 2015 esse percentual chegou a 86%.

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, apesar da queda apresentada na comparação com o mesmo mês do ano anterior, janeiro de 2016, registrou o 2º melhor resultado para o mês em toda a série histórica da de produtos industriais de Mato Grosso do Sul. “Em janeiro de 2016 as maiores reduções ocorreram nos grupos “Açúcar e Etanol”, “Complexo Frigorífico” e “Extrativo Mineral”, que proporcionaram, no comparativo com igual período de 2015, redução das receitas equivalentes a US$ 40,2 milhões, US$ 15,2 milhões e US$ 12,1 milhões, respectivamente, totalizando uma queda superior a US$ 67 milhões”, explicou.

Desempenho

Em janeiro, os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Papel e Celulose”, “Complexo Frigorífico”, “Óleos Vegetais”, “Açúcar e Etanol”, “Couros e Peles” e “Extrativo Mineral”, que, somados, representaram 98,1% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior. No caso do grupo “Papel e Celulose”, o principal produto exportado foi a celulose, que registrou receita de exportação equivalente a US$ 103,9 milhões ou 97,7% da receita total do grupo, indicando crescimento de 7% em relação ao mesmo mês de 2015, quando o valor foi de US$ 97,1 milhões, tendo como principais compradores China, Holanda, Coreia do Sul e Estados Unidos.

No “Complexo Frigorífico”, a receita de exportação em janeiro de 2016 alcançou o equivalente a US$ 54,8 milhões, apontando queda de 21,8% sobre igual mês de 2015, quando o total ficou em US$ 70 milhões. A redução observada se deu, principalmente, por conta da forte diminuição das compras em importantes mercados para as carnes de Mato Grosso do Sul, com destaque para Hong Kong, Egito, Japão, Venezuela, Arábia Saudita e Rússia que somados apresentaram uma redução equivalente a US$ 19,9 milhões.

Outros grupos

Já o grupo “Óleos Vegetais” fechou janeiro de 2016 com receita equivalente a US$ 39,8 milhões, indicando aumento de 257% sobre igual mês de 2015, quando o resultado ficou em US$ 11,2 milhões. Os países que mais contribuíram para o desempenho observado foram Tailândia e Indonésia, que, somados, compraram o equivalente a US$ 38,8 milhões ou 97,6% do total.

No grupo “Açúcar e Etanol”, a receita de exportação em janeiro de 2016 alcançou o equivalente a US$ 20,9 milhões, queda nominal de 65,8% sobre igual mês do ano passado. Em janeiro, os principais compradores foram: Bangladesh com US$ 5,3 milhões ou 25,3%, Argélia com US$ 3,9 milhões ou 18,8%, Índia com US$ 2,4 milhões ou 11,6%, Iraque com US$ 2,1 milhões ou 10,1%, Egito com US$ 1,97 milhão ou 9,4% e Nova Zelândia com US$ 1,9 milhão ou 9,1%.

Mais grupos

Quanto ao grupo “Couros e Peles”, a receita de exportação no mês de janeiro de 2016 alcançou US$ 9,4 milhões, mantendo-se estável em relação ao mesmo mês do ano passado. Resultante, basicamente, da venda de outros couros bovinos e bubalinos, não divididos e úmidos, couros bovinos inferiores a 2,6m² wet-blue divididos e úmidos e outros couros bovinos e bubalinos, divididos e úmidos. Quanto aos compradores, destacam-se China, Itália e Vietnã totalizando US$ 8,2 milhões em aquisições ou 87,7% da receita total do grupo.

Por fim, no grupo “Extrativo Mineral” a receita de exportação no primeiro mês de 2016 alcançou o equivalente a US$ 7,83 milhões, tendo recuo de 60,7% sobre o mesmo mês de 2015, quando as vendas foram de US$ 19,9 milhões. Resultado fortemente influenciado pela queda de 41% no preço médio da tonelada do minério de ferro, bem como pela redução de 23% no volume comercializado do produto, que tiveram a Argentina como único destino no primeiro mês do ano.