Dólar fecha em queda de 0,19%, a R$ 3,48, após três altas seguidas
Desvalorização de 3,66% no mês
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Desvalorização de 3,66% no mês
Em dia de instabilidade, o dólar comercial fechou esta terça-feira (14) em queda de 0,19%, a R$ 3,48 na venda.
Com isso, a moeda norte-americana quebra uma sequência de três altas. Na véspera, havia subido 1,62%, a maior alta percentual diária desde 23 de maio.
O dólar acumula ainda desvalorização de 3,66% no mês e de 11,85% no ano.
Cenário internacional
No contexto internacional, investidores estavam preocupados com a possibilidade de o Reino Unido deixar a União Europeia. Uma eventual saída do bloco no referendo de 23 de junho pode ter implicações econômicas no mundo todo. Com isso, investidores têm preferido investir em negócios mais seguros.
Além disso, eles também mantinham a cautela antes da decisão do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) sobre a taxa de juros nos Estados Unidos nesta quarta-feira.
Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em países onde as taxas de juros são maiores, como é o caso do Brasil.
Moro investiga Lula
No Brasil, investidores estavam otimistas com a notícia de que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki remeteu as investigações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz federal Sérgio Moro.
A avaliação era de que o acirramento das investigações tende a diminuir a influência de Lula tanto no Congresso Nacional quanto no eleitorado, mesmo após Zavascki declarar nula gravação de telefonema entre ele e a presidente afastada Dilma Rousseff.
Novo presidente do BC
Na véspera, Alexandre Tombini passou para Ilan Goldfajn o comando do Banco Central. Em seu discurso, Goldfajn defendeu o sistema de câmbio flutuante e disse que o BC pode agir no mercado com “parcimônia”.
Com isso, investidores mantinham expectativas de que o BC deve intervir menos no mercado a partir de agora.
Até então, o BC sob comando de Tombini vinha agindo sempre que o dólar recuava abaixo dos R$ 3,50. A ação era interpretada por operadores como uma tentativa de proteger as exportações brasileiras.
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