Comércio exterior cai, mas balança comercial de MS tem superávit 55% maior
Superávit acumulado do ano foi de US$ 1,72 bilhão
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Superávit acumulado do ano foi de US$ 1,72 bilhão
Mesmo com queda nas importações e exportações de Mato Grosso do Sul, a balança comercial do Estado registrou superávit de US$ 1,72 bilhão de janeiro a novembro de 2016. O valor foi 55% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior, que foi US$ 1,11 bilhão. O resultado é apresentado na Carta de Conjuntura do Setor Externo do mês de novembro, divulgada nesta segunda-feira (12) pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade).
De acordo com o secretário de Meio ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, “o superávit maior da balança comercial do Estado é salutar relevante para a economia sul-mato-grossense, mas a situação econômica do país ainda tem reflexos importantes. Nesses 11 meses, tivemos queda nas importações e também nas exportações. Essas reduções em alguns setores são sazonais e em outros esse comportamento já vem sendo acompanhado pelo governo do Estado com a devida atenção”.
Dentre produtos importados, o gás natural apresentou queda no preço, refletindo num valor 46% menor no total pago, mesmo que a quantidade importada tenha sido apenas 4% menor. No período estudado de 2016, o volume de gás importado foi de 7.422.760 toneladas, enquanto que no ano anterior foi de 7.675.194 toneladas. Já a diferença entre os valores pagos é grande: US$ 2.149 bilhões em 2015, para US$ 1.167 bilhão em 2016.
“Há alguns meses estamos registrando o crescimento no volume, que vem se recuperando muito lentamente, mas o gás amarga ainda uma queda no preço de 48% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso tem um impacto direto na arrecadação do Estado. Essa situação do preço ainda não sinaliza uma melhora, pois depende da retomada da economia nacional”, comenta.
Exportações
A soja em grão aparece como primeiro produto na pauta de exportações, com 28% do total exportado, em termos do valor, mas com queda de 17,48% em relação ao mesmo período no ano passado e, queda de 12,77% em termos de volume. O segundo produto é a Celulose, com 23% de participação, com queda em termos de valor de 3,32% em relação a janeiro a novembro de 2015 – em termos de volume, houve um crescimento de 6,45% comparado a janeiro a novembro de 2015.
“Essa sazonalidade da soja e do milho é normal. Nós projetamos, para o médio e longo prazo, que essas duas commodities sejam cada vez mais processadas no Estado e absorvidas pelo mercado interno. Daí a importância de empreendimentos industriais como os da Coamo e BBCA, com os quais poderemos abrir caminhos para exportar produtos semiacabados, com o farelo e óleo”, afirmou o titular da Semade.
Ainda reforçando o impacto, imediato e futuro dos grandes investimentos que estão sendo feitos no Estado, o secretário destacou o aumento das importações de máquinas e equipamentos, de 58% no período. “Isso é extremamente positivo, pois demonstra o efeito imediato de grandes investimentos que estão sendo feitos no Estado, como os da Fibria e o da BBCA”, finalizou.
O minério de ferro permanece em queda nas exportações seguindo a tendência verificada em 2015, de janeiro a novembro de 2016, acumula uma queda de 36,40% comparado com o acumulado de janeiro a novembro de 2015, embora em termos de volume exportado a queda tenha sido menor, cerca de 17,78%.
Em termos de destino das exportações, há uma concentração nas exportações para a China, representando de janeiro a novembro de 2016, cerca de 36% do valor total das exportações. Os países com maior aumento na participação foram: Chile (58,98%) e Rússia (30,28%). Houve queda de 26,08% nas exportações para o Japão, em relação ao acumulado de janeiro a novembro de 2015.
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