Com rombo de R$ 54 milhões, Bigolin pede recuperação judicial

Solicitação foi feita nesta terça-feira

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Com reversão da falência
Com reversão da falência

Solicitação foi feita nesta terça-feira

A Bigolin Materiais de Construção entrou com recuperação judicial, medida tomada a fim de evitar a falência de empresa. Essa alternativa é solicitada quando a empresa perde a capacidade de pagar suas dívidas. De acordo com o processo, a dívida da Bigolin é é de R$ 54.780.026,54.

Conforme o processo, a empresa pretende autorização judicial para a transferência de todo o estoque, mobiliários, equipamentos de informática, logos que estão nas fachadas dos empreendimentos e totem de estacionamento, específico para uma das lojas, para o Centro de Distribuição Bigolin na Capital, possibilitando a alienação desses bens.

Os responsáveis pela empresa alegam que o resultado da venda e giro do estoque, que permanece em duas unidades já fechadas, possibilitarão crédito rotativo para as unidades que estão em funcionamento.

No processo, destaca-se ainda que o artigo 50, XI da Lei nº 11.101, de 2005, que trata de falência e recuperação, estabelece a venda de bens como um dos meios de recuperação judicial e ressalta que esse processamento não impede a empresa de continuar gerindo os negócios e que na maioria dos casos, os próprios administradores das recuperandas permanecem na condução das atividades sociais, no entanto, sob fiscalização de um administrador judicial nomeado pelo juiz.

Com vários meses de aluguel em atraso, no dia 14 de março, a empresa comunicou o encerramento do contrato de aluguel do prédio da loja situada no Shopping Norte Sul, onde funcionada desde agosto de 2009.

O grupo começou a enfrentar dificuldades financeiras no período da Copa do Mundo em julho de 2014, quando o mercado de construção civil esfriou.

Em janeiro de 2015, o grupo se dividiu entre as lojas do Sul que conta com unidades no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina; e centro-oeste com unidades em Mato Grosso do Sul e São Paulo. Neste período o grupo reduziu o quadro de funcionários de 600 para 350.

No início deste ano, 200 trabalhadores disseram que nos últimos 12 meses a empresa não havia depositado os valores referentes ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Na ocasião o Sindicato dos Empregados revelou que dos 17 trabalhadores demitidos em meados de dezembro de 2015, apenas quatro conseguiram, por meio de liminar judicial, sacar o FGTS e dar entrada ao benefício do Seguro Desemprego.

Bigolin

O grupo foi fundado em 1955, em Erechim (RS), com uma pequena loja de ferragens. A segunda loja foi aberta no Cascavel (PR) e pouco tempo depois chegou em Curitiba e outras cidade do interior do Paraná. Em Mato Grosso do Sul, o grupo fundou a primeira loja de 1982, em Campo Grande.

 

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