Com crise econômica, vendas de motos diminuíram 20% na Capital
Foram negociados 6.589 veículos no ano passado contra 8.124 em 2014
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Foram negociados 6.589 veículos no ano passado contra 8.124 em 2014
Com a crise econômica, o campo-grandense precisou ‘pisar no freio’ e adiar o sonho de um veículo novo. As vendas de motocicletas caíram 20% em 2015. Até dezembro que costuma ser um bom mês para o comércio, as vendas foram fracas, e apenas 488 motos foram negociadas na Capital. Sem redução no IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), altas taxas de juro e burocracia com o financiamento estão entre os motivos.
As vendas de motocicletas Kasinski chegaram a cair 70% no último ano. “Em 2014 nós vendíamos em média 20 motos ao mês, e em 2015 fechamos com uma média de 5 motos por mês. A crise não só diminuiu as vendas, mas também revisões e serviços que os clientes vinham fazer. Sem dinheiro o pessoal deixou de vir a loja”, explica o gerente Adriano Herreira de Barros.
Segundo informações da Fenabrave/MS (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) foram vendidas 6.584 motocicletas no ano passado em Campo Grande contra 8.124 em 2014, uma queda de 1,5 mil veículos. Dezembro foi o mês com a maior diminuição, 32,4%.
Em 2009 o Governo Federal implantou a redução do IPI para aquecer a economia nacional. No entanto, em 2015, no dia 1º de janeiro depois de baratear a produção de carros, a medida foi acabou. No ano passado, o país entrou em recessão e as taxas de juros aumentaram significativamente.
“Os anos de 2010 e 2011 foram os melhores em mercado de motocicleta. Desde aquele ano, as vendas já estão em uma situação de crise. A queda nos últimos anos foi brutal. Muitos bancos operavam, mas depois foram saindo do mercado, e hoje em dia são poucos os bancos que operam”, afirma o gerente do Grupo Caiobá, de motocicletas Hondas, Uria de Mello Soares. Segundo ele, o mês de janeiro deste ano foi “um dos piores meses”.
Nem o 13º salário fez com que melhorassem o suficiente em 2015. As vendas de motos Suzuki de janeiro a dezembro de 2015, segundo um dos responsável pelo setor, Wagner Dagher, foram praticamente iguais as do ano anterior. “Foi um ano atípico. Tivemos meses com baixas vendas, outros com vendas superiores a 2014. mas conseguimos fechar 2015 com um crescimento de 3%”, explica.
Com altos taxas de juros e dificuldades na hora do financiamento, muitos optaram por adiar o sonho de comprar uma moto nova. Mas, segundo os gerentes procurados pela equipe do Jornal Midiamax, os consumidores não precisam se preocupar. Uma ótima saída é o consórcio. “Diferente do financiamento não há burocracia ou altas taxas de juros. Hoje em dia, o consórcio é a melhor maneira de conseguir um veículo novo”, destaca Uria.
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