Capital tem maior inflação em 8 anos impulsionada por habitação e serviços pessoais
IPC/CG encerrou junho com 0,42%
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IPC/CG encerrou junho com 0,42%
A inflação de junho em Campo Grande divulgada nesta quinta-feira (14) chegou a 0,42%, conforme IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande). É o pior resultado da série histórica para o mês de junho desde 2008. Serviços pessoais, como cabeleireiro, e habitação foram os segmentos que mais tiveram elevação.
“Há oito anos não tínhamos uma inflação tão alta para o período. Com isso, a inflação acumulada em um ano continuou a crescer, atingindo 9,47% e sinalizando que a inflação em 2016 pode não encerrar o ano no patamar de 7%, como espera o governo”, explica o coordenador do Nepes da Uniderp, Celso Correia de Souza.
Principal responsável pela inflação de junho, o grupo Despesas Pessoais sofreu alta de 2,80%. Alguns produtos e serviços deste grupo que tiveram aumentos de preços foram: cabeleireiro (corte e tintura 10%), creme dental (5,91%), absorvente higiênico (3,99%), cigarros (3,21%), entre outros.
O grupo Habitação teve alta de 0,41% em relação ao mês anterior, motivada principalmente pelo aumento nos produtos de limpeza da residência. Os itens que mais sofreram altas de preços foram: cera para assoalho (2,15%), máquina de lavar roupa (1,72%), esponja de aço (1,64%), entre outros.
Os maiores ‘vilões’ da inflação,em junho, foram: sapato feminino, com inflação de 14,31%; cabeleireiro (corte e tintura), com inflação de 10%; e batata, com alta de 13,36%.
O grupo Vestuário registrou acréscimo de 0,90% e contribuição de 0,08% para a inflação. O grupo Educação permaneceu estável e os grupos Alimentação, Transportes e Saúde tiveram pequenas deflações em seus índices e pequenas contribuições negativas.
Inflação acumulada
A inflação acumulada nos últimos 12 meses em Campo Grande aumentou para 9,47%, acima do teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 6,5% e do centro da meta, de 4,5%.
Neste período, as maiores inflações acumuladas ocorreram com os grupos: Alimentação, que registrou 15,71%; Educação, com alta de 12,13%; e Despesas Pessoais, com aumento de 11,68%.
“A melhora do clima pode favorecer a produção de hortifrutícolas e a inflação do grupo Alimentação pode contribuir para a queda da inflação geral na cidade. O arroz, o feijão e o leite são os produtos que mais preocupam neste momento, devido à elevação de preços, que impacta o bolso do consumidor e colabora com a inflação geral”, explica o coordenador do Nepes da Uniderp, Celso Correia de Souza.
Nos seis primeiros meses do ano, a inflação acumulada de Campo Grande foi de 4,84%. Os maiores índices, por grupo, foram: Educação, com 10,20%, Despesas Pessoais, com 7,05%, Saúde, com 6,65% e Alimentação, com 6,25%.
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