Vendas online garantem lucro

O empreendedorismo tem crescido muito no país nos últimos anos. Em Mato Grosso do Sul, muitos empresários tem buscado as vendas online, o chamado e-commerce, para garantir as vendas e fugir da crise. O custo menor do que manter uma estrutura física é um dos principais motivos para a aposta.

Sávio Lima da Rocha, 30 anos, é sócio da loja Bartholomeu Bonés. Para ele, as vendas pela internet são mais cômodas e geram menos gasto. “Loja física é mais caro, teríamos mais gasto, com aluguel, contas, reparos, móveis. Nos tempos de hoje, a loja virtual é a melhor opção”, afirmou ele.

O empresário ressalta que as redes sociais também ajudam na divulgação. “Nossas vendas, anteriormente, eram feitas pelo Instagran e WhatsApp e isso dava muito trabalho. Tínhamos que enviar as fotos dos produtos, receber o valor em depósito em conta. Hoje, as pessoas entram direto no site, fazem as compras, escolhem a forma de pagamento e envio da mercadoria”, afirmou. Ele ainda comentou que a crise influenciou suas vendas apenas quanto a forma de pagamento. “Não houve diminuição em si nas vendas, apenas mudou a forma que as pessoas pagam as compras. Antigamente, as pessoas compravam à vista, hoje, mais de 90% paga a longo prazo, no cartão de crédito”, explica ele.

O diretor comercial Renan de Oliveira Teles, da empresa Nova Oito de , oferece plataformas para vendas online a pequenos e médios empresários. Sua empresa, criada há 3 meses, tem cerca de 30 clientes. “Já trabalhamos no escritório com isso, mas vendo essa necessidade do mercado, nós fizemos a loja online. Nós recebemos bastante procura. As pessoas querem algo de fácil acesso”, alega ele.

“Qualquer setor consegue vender pela Internet. É preciso se reinventar nesse negócio. As pessoas procuram muito as vendas online. É um modo de atingir o Brasil inteiro”, declarou o empresário.

Ele tem planos específicos para quem tem pequenos negócios. “Esses planos custam R$ 99 ao mês e, conforme o movimento do site e vendas esse valor aumenta”, assegura.

Renan tem clientes de vários segmentos, móveis infantis, vestuários, cereais, etc. É o caso de Sandra Areco, 36 anos, proprietária da loja online Cereal Express. Ela abriu a loja em julho deste ano e disse que a crise não chegou as vendas pela Internet. “Estamos há 3 meses neste negócio e vendemos cada vez mais. O pessoal está elogiando bastante. Vendemos para Campo Grande, interior do Estado e até para São Paulo”, afirmou ela. A empresária ainda comentou que há muitas facilidade no negócio online. “Eles pedem, nós entregamos. Os produtos são acessíveis. O pagamento pelo cartão de crédito também ajuda muito”, conta.

Para o economista Sérgio Cerrada aqueles que querem investir no próprio negócio precisam fazer um planejamento. “Conhecer o público e as normas do comércio eletrônico. Uma loja virtual pode parecer ter menos gastos, mas é preciso cuidado. Nem sempre sai o mais barato. Há custos com distribuição, tributação, espaço, armazenamento, entre outros”, explica ele.

Segundo ele, é preciso muito investimento em tecnologia. “Além dos aparelhos, os negócios precisam de divulgação. Os empresários precisam investir em marketing digital, muito necessário a quem trabalha com esse setor”, ressalta ele.