Sistema fará levantamento preciso de dados da pecuária de MS

O Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio está sendo ampliado

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O Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio está sendo ampliado

As multinacionais BioUrja  dosEstados Unidos e BBCA da China precisavam de dados concretos para implementar as unidades de processamento de milho para produção de etanol. Os dados do Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) um programa da Aprosoj/MS  (Associação dos Produtores de Soja), foram determinantes na confirmação do potencial agrícola dos municípios de Chapadão do Sul e Maracaju. E assim Mato Grosso do Sul ganhou mais duas indústrias. 

Há seis anos fornecendo informações precisas sobre o setor agrícola sul-mato-grossense, o Siga está sendo ampliado e passará a disponibilizará informações também da pecuária sul-mato-grossense. O anúncio foi feito pelo presidente eleito da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Mauricio Saito, no encerramento do Circuito Expocorte – Etapa Campo Grande, nesta quinta-feira (30).

A ferramenta de monitoramento da Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja de MS, Famasul e do Governo do Estado, através da Sepaf – Secretaria de Produção e Agricultura Familiar, disponibiliza semanalmente dados de condições e ocupação de solo, andamento da safra, logística, armazenadores, pragas e doenças, de grãos e também cana-de-açúcar e eucalipto. “O trabalho desenvolvido com a preciosa ajuda da tecnologia e com a atenção da equipe técnica, que vai até o campo em busca de detalhes, é colocado à disposição da população, que tem acesso aos dados, ajuda na tomada de decisão do produtor e no reconhecimento internacional da nossa vocação”, explica Saito.

Com a mesma base e precisão, a pecuária de corte também será monitorada e disponibilizará índices zootécnicos, levantamento de pastagens, estruturas frigoríficas, capacidade de abate entre outras informações. Na primeira análise são identificadas 57.291 propriedades rurais em Mato Grosso do Sul, 19 milhões de hectares de área de pastagem e um rebanho com mais de 20 milhões de cabeças, além de 22 unidades frigoríficas em operação.

Na evolução do rebanho, no comparativo de maio de 2012 e 2015, na mesma área de produção, o aumento de peso da carcaça passou de 242 para 249 quilos. “Observando o histórico da pecuária, onde mostra a evolução do rebanho, é possível notar a evolução do setor e também a preocupação que o produtor rural tem em produzir mais, melhor e com sustentabilidade”, ressalta o secretário de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas, que também participou do evento.

As ações do GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável) também foram discutidas durante o Expocorte. O grupo formado em 2009, possui 50 associados representantes de diferentes segmentos que integram a cadeia da pecuária bovina no Brasil. O objetivo é debater princípios, práticas e padrões para serem adotados pelo setor. “O produtor que está no vermelho precisa pensar no veder. Desafio até 2022 é reduzir a área de pastagem, saindo de 189 milhões de hectares para 183 milhões e aumentar a produção que passaria de 212 milhões de cabeças para 227 milhões”, afirma o diretor tesoureiro do GTPS, atual diretor secretário da Famasul, Ruy Fachini.

A etapa de Campo Grande contou com 1420 participantes, de 108 cidades brasileiras, sendo que, deste total, 50 são municípios de Mato Grosso do Sul, além de duas delegações estrangeiras. A próxima parada do Circuito é em Uberada, Minas Gerais, nos dias 24 e 25 de setembro.

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