Sinpetro minimiza reajuste e dá má notícia: novo aumento pode acontecer ainda este ano

Rombo na Petrobras pode fazer Governo Federal aumentar combustíveis

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Rombo na Petrobras pode fazer Governo Federal aumentar combustíveis

Qual notícia você quer saber primeiro? A boa ou a ruim? O Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul) minimizou a recente alta dos combustíveis, mas revelou que novo aumento pode acontecer ainda este ano. Rombo na Petrobras pode obrigar o Governo Federal a subir o preço dos combustíveis.

 A informação foi revelada pelo supervisor técnico do Sinpetro, Edson Lazarotto. Ele minimizou o reajuste, mas rebateu o Governo do Estado, que culpou os donos de postos pelo reajuste de 9,4% no etanol noticiado ontem (16) pelo Midiamax.

“Não necessariamente ocorre o aumento. O Governo atualizou a pauta e cobrou o ICMS, alterando o custo do produto. Sai mais caro para o revendedor, mas aí os donos dos postos que decidem se repassam para o consumidor. Depende da concorrência. Mas não vão aumentar. Tanto que hoje (17) não vi nenhum posto que subiu o preço dos combustíveis”.

Depois da informação que trouxe alívio, veio a revelação que trouxe preocupação. “Há rumores de que o Governo Federal pode anunciar aumento no preço dos combustíveis ainda este ano. Tudo por causa do rombo na Petrobras. Esperamos que não, pois outro aumento seria catastrófico”, frisou o supervisor técnico do Sinpetro-MS.

O reajuste

Após aumento da pauta fiscal pelo Governo do Estado, o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) anunciou o prédio médio ao consumidor final, com um reajuste de 9,4% no Estado. Isso significa aumento de pelo menos vinte e quatro centavos no preço do etanol para o revendedor.

O preço do litro do etanol no Estado agora é, em média, de R$ 2,77. Antes era de R$ 2,53. Não foi só o etanol que subiu. A gasolina, o diesel comum, o diesel s-10 e o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) apresentaram aumentos, mas menos significativos.

A gasolina subiu 2,53%, de R$ 3,51 para R$ 3,59. O diesel comum 1,48%, de R$ 3,01 para R$ 3,06. O diesel s-10 teve reajuste de 1,08%, subindo de R$ 3,13 para R$ 3,16.  O GLP teve o preço elevado em 4,9%, indo de R$ 4,47 para R$ 4,69. Já o GNV teve pequena redução, de R $ 2,354 para R$ 2,352.

Governo ‘culpa’ donos de postos

Nesta manhã, o Governo culpou os donos de postos. “O comerciante quer pagar sobre R$ 3 e vender a R$ 3,20. Nós cobramos os 12% do ICMS do álcool sobre R$ 2,48, mas há comerciante vendendo a R$ 2,80. Isso mostra que tem R$ 0,32 que ele está usando para aumentar a margem de lucro ao mesmo tempo em que deixa de pagar imposto sobre esse valor. Querem vender a mais”, afirmou o secretário estadual de fazenda, Marcio Monteiro (PSDB).

De acordo com o tucano, quem determina o preço ao consumidor é o dono do posto de gasolina. O que houve, explica, foi uma atualização da pauta, ou seja, dos valores cobrados pelos empresários dos consumidores finais. A alíquota do ICMS cobrado no Mato Grosso do Sul continua a mesma: 25% sobre a gasolina e álcool, 12% sobre o diesel e GLP.

“O comércio precisa ter a responsabilidade de pagar o valor do tributo sobre o preço real daquilo que vende e não dizer que o preço vai aumentar porque o estado aumentou a pauta. Isso não é verdade porque o preço quem regula é o mercado e a alíquota estipulada pelo Estado para cobrar o tributo continua a mesma”, disparou Monteiro.

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