Presidente da Famasul pede que governo federal seja mais ágil em relação a indígenas
Saito quer solução para invasão de terras produtivas
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Saito quer solução para invasão de terras produtivas
O presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso do Sul), Mauricio Saito se reuniu com o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio) João Pedro Gonçalves da Costa, que representava o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, nesta quarta-feira (26) em Brasília para pedir soluções mais ágeis do Governo Federal em relação ao cenário das invasões de terras produtivas de Mato Grosso do Sul por grupos de indígenas.
Saito afirmou que espera “agilidade do governo federal no cumprimento de seu papel legal em defender os direitos dos cidadãos, sejam índios ou não índios”.
Em sua defesa, o presidente da Funai argumentou que o órgão tem posição contrária às invasões de terras e que lutará para a abertura urgente de um diálogo construtivo entre as partes em conflito, no caso produtores rurais e comunidades indígenas. A Famasul rebateu cobrando a execução das liminares de reintegração de posse das fazendas invadidas, cujos atos foram intensificados nos últimos 15 dias.
A produtora rural e advogada, Luana Ruiz, fez um apelo para que quando uma fazenda for invadida, seja preservado o patrimônio e evitem-se atos de vandalismo como a destruição das sedes das propriedades rurais, abate de animais e eliminação da produção agrícola. “Essas ações trazem enormes prejuízos aos produtores rurais, com o agravante de que tais ações estão acontecendo sem qualquer amparo legal”, assinalou.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por meio da assessora jurídica, Alda Carvalho, acompanhou o encontro e forneceu subsídios legais à Famasul para enfrentar a dramática situação.
Com as novas ações indígenas, o número de propriedades rurais invadidas em Mato Grosso do Sul chegou a 96. Em Campestre, segundo Luana, cerca de 40 famílias que moram no distrito estão sendo expulsas e precisam de apoio da Prefeitura para deixar o local.
Costa prometeu interceder para que homens da Força Nacional de Segurança, que já estão na região de Amambai, também sejam deslocados para as localidades de Antônio João, mais recente foco de invasão indígena no Estado.
Lideranças não comparecem
Há 40 dias foi agendado um encontro entre representantes dos produtores rurais de MS e lideranças indígenas, a pedido do deputado estadual João Grandão (PT/MS), numa tentativa de abrir diálogo, entre as partes, a respeito das 96 invasões de áreas produtivas na região, feitas por grupos indígenas.
A reunião acabou não acontecendo porque segundo o parlamentar, as lideranças indígenas não compareceram à audiência marcada para quarta-feira (26), no gabinete do ministro da Justiça. O deputado afirmou que não fazia sentido debater apenas com os produtores rurais, visto que o asstunto envolve as duas partes.
(Matéria editada às 14:43 para acréscimo de informações)
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