Alta dos preços afastou clientes e fez aumentar a disputa de mercado

A alta dos preços dos combustíveis causou queda no movimento dos postos de . Alguns deles, para não quebrar, somado ao aumento da disputa interna de mercado, optaram por fazer “promoção relâmpago”, abaixando quase 35 centavos o preço do litro da gasolina.

Quem estava acostumado a ver o litro da gasolina beirando a casa dos R$ 3,50, vai se surpreender ao ver alguns locais com o litro a menos de R$ 3,20. O preço do etanol também foi reduzido. Mas o alerta do Jornal Midiamax é: aproveite. Em conversa com os proprietários, a revelação é que a promoção pode acabar a qualquer momento.

Reduzir para não perder

Caio Gueno, proprietário do Auto Posto Gueno, na Avenida Fernando Corrêa da Costa com a Rua 13 de Maio, é um exemplo. Para não ficar no prejuízo, resolveu baixar o litro da gasolina para R$ 3,19. “Não diminuiu o preço do produto, nem o frete, nem a carga tributária. É uma opção, uma disputa interna de mercado. O mercado retraiu, muitos postos estão sentindo o prejuízo”, relata.

Gueno destaca que nem ele sabe até quando vai a promoção relâmpago do seu posto. “Pode acabar amanhã ou semana que vem. Abaixamos para buscar clientela”.  A estratégia do proprietário é, com o litro mais barato, vender 22 mil litros por dia para cobrir as despesas. Com o litro a R$ 3,48, o posto estava vendendo 10 mil litros por dia. Neste posto o etal hoje custa R$ 2,39, ontem, poré, o estava R$ 2,29, mas não pode ser mantido, por causa de recente da companhia.

O proprietário do posto chama a atenção dos consumidores para a qualidade do combustível. “Tem redes que revendem produtos de várias companhias. É preciso tomar cuidado. Às vezes o preço é menor, mas é bem pior”.

O Posto Alloy, na Fernando Côrrea da Costa, vizinho do posto acima, também fez o mesmo: baixou o preço da gasolina para R$ 3,15. “É disputa em busca de consumidores.  A rede deu a possibilidade de vendermos mais barato”, relata o gerente Valtemir da Silva. O etanol também está com o preço mais baixo, a R$ 2,29, desde a semana passada.

No Jardim Paulista, proprietário de posto da Rui Barbosa perto da Eduardo Elias Zahran diminuiu o preço da sua gasolina de R$ 3,29 pra R$ 3,16. Antes da alta ele vendia 150 mil litros de combustível no mês. Hoje o número caiu para 100 mil. A tática para então não sofrer na disputa é: equilibrar o preço para não perder para a concorrência.

Quem agradece são os consumidores. “Estava abastecendo etanol. Agora que vi a gasolina a R$ 3,16, aproveitei para colocar 30 reais”, conta Nilton Aparecido Móveis. Precavido, Rogério Aparecido fez o mesmo. “Já coloquei logo 40 reais, vai que sobe o preço amanhã”.

Sindicato confirma legalidade

De acordo com a Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul) a “baixada” de preço nada mais é que tática de mercado dos proprietários dos postos, que buscam diminuir a concorrência.

Segundo a assessoria, não há nenhuma novidade no preço dos combustíveis e o Governo Federal não sinalizou nenhum aumento nas próximas semanas.

Gasolina sofreu maior variação de preço

Pesquisa do Procon/MS divulgada nesta terça-feira (24) mostrou variações de preços dos combustíveis nos postos da Capital, realizadas entre os meses de janeiro e fevereiro de 2015. A gasolina comum apresentou a maior variação entre os combustíveis analisados, 14,10%, seguida do etanol com 13,81%, da gasolina aditivada 12,30% e do diesel com 9,66%.

Em janeiro, a gasolina tinha valor médio de R$ 3,05. Em fevereiro o valor do litro do mesmo combustível passou a custar R$ 3,48 na maioria dos postos da capital. Em caráter de comparação, o litro do diesel custava em janeiro R$ 2,90; o do etanol R$ 2,10; e da gasolina aditivada era comercializada nas bombas pelo valor de R$ 3,09 o preço médio.

Tá barato? Avisa o Midiamax!

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