Inflação da Mulher em Campo Grande aumenta 13,80% de um ano para o outro
Estudo considera principais produtos e serviços consumidos pelo público feminino
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Estudo considera principais produtos e serviços consumidos pelo público feminino
Na maioria dos lares brasileiros são as mulheres que administram o orçamento doméstico e percebem, primeiro, qualquer aumento na hora de consumir bens para a família.
O NEPES (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Universidade Anhanguera-Uniderp, responsável pela elaboração do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor) há mais de 20 anos, constatou que a Inflação da Mulher em Campo Grande, de janeiro de 2014 a janeiro de 2015, ficou em 13,80%, aproximadamente, o dobro da inflação acumulada nos últimos doze meses, que foi de 6,88%. Analisando apenas o ano passado, o índice é de 8,40%, ainda acima do índice acumulado no período, ou seja, 6,25%.
O levantamento considera produtos e serviços inseridos no cotidiano do público feminino, como procedimentos estéticos básicos, itens de perfumaria e higiene e peças de vestuário.
O que chama a atenção é que parte dos produtos registrou altas bem significativas de um ano para o outro. No grupo Despesas Pessoais, a elevação foi de 29,01% e as maiores contribuições para o índice aparecem em serviços como manicure, que chegou a aumentar 92% em determinados salões de beleza, no comparativo de janeiro do ano passado com este ano. No mesmo período, o corte de cabelo para elas subiu até 33%, o serviço de pedicure majorou 28,57% e a tintura atingiu 25% de acréscimo.
Considerando apenas os 12 meses de 2014, a inflação do grupo Despesas Pessoais é bem menor: 9,29%. As porcentagens de reajuste foram inferiores ou iguais às de 2015, o que não deixa de gerar impacto no bolso. Os procedimentos de tintura e manicure subiram 25%; pedicure 22%; e o corte 16,67%.
A explicação para este aumento, segundo o pesquisador e coordenador no NEPES Anhanguera-Uniderp, Celso Correia, pode ser a elevação nos preços da matéria-prima utilizada nos serviços, como esmalte, acetona, algodão, etc., e outros custos de manutenção do estabelecimento, como aluguel, água e energia, além de reajuste salarial dos profissionais. “O poder aquisitivo do consumidor brasileiro aumentou nos últimos anos, houve uma grande migração de pessoas das classes D e E para as classes B e C, o que reflete na demanda por produtos/serviços de beleza”, complementa.
O grupo Vestuário também extrapolou a inflação acumulada e registrou 13,88%. As peças com maior majoração de preços entre janeiro de 2014 e 2015 foram soutien de Lycra (43,78%), saia básica (38,22%), calça jeans (até 23,39%), bermuda feminina (14,29%), etc.
Atentando-se exclusivamente a 2014 a variação foi ligeiramente maior, fechando em 14,78%. O soutien de Lycra continuou no topo da lista dos que mais aumentaram de valor e registrou 36,46% de reajuste, seguido da saia básica com 25,48%, calça jeans com até 25,38%, blusa de manga curta com 17,42% de elevação, entre outras peças.
Completando o panorama da Inflação da Mulher em Campo Grande está o grupo Perfumaria e Higiene, que apresentou queda de 1,48%, entre janeiro de 2014 e janeiro deste ano. Na lista dos produtos que mais colaboraram com esse comportamento estão alguns tipos de xampu que apresentaram redução de até 18,29%, absorvente higiênico com queda de ate 15,50%, protetor solar com diminuição de 8,65% e outros itens com menor percentual.
A deflação constatada pelo NEPES – Anhanguera-Uniderp em 2015 não se repetiu entre os meses de 2014. No comparativo de janeiro a dezembro do ano passado houve inflação de 1,14%. Os maiores responsáveis por esse índice foram: absorvente higiênico com até 33,99% de reajuste, condicionador que chegou a majoração de 30,74% e produto para limpeza de pele com 9,76% de alta.
Na visão do pesquisador Celso Correia, os itens de Perfumaria e Higiene não acompanharam a alta dos demais grupos “devido à alta concorrência das empresas nesse setor da economia”.
Reduzindo custos
Diante das inúmeras altas, a fórmula para fugir de novos gastos é não se deixar levar pelo consumismo, mesmo que cada lançamento de coleção desperte o desejo de aumentar o guarda-roupa. “Se o orçamento está apertado, as mulheres devem avaliar que o que é supérfluo, desnecessário, pode ser deixado de lado. Temos o poder de escolha, basta repensar como utilizamos nossas roupas e inventar novos jeitos”, explica a coordenadora do curso de Moda da Anhanguera-Uniderp, Carolina Debus.
Na internet é possível encontrar inúmeras referências de como usar uma mesma peça de diferentes formas. Além disso, customizar ou fazer um bazar de trocas entre as amigas são outras alternativas para renovar a aparência. “Criatividade é uma marca das mulheres brasileiras e com certeza ajuda a economizar”, finaliza a professora.
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