Depois de ter 15 filiais na rede, Dunil se mantém em ponto único, onde tudo começou

Fundada em 1974, a loja teve o seu primeiro endereço na Rua Sete de Setembro, 764, e não tinha nome. O sucesso com a clientela, devido a atenção no atendimento prestada na época por Nilson Fransino, fez com que o comércio pegasse fama, e indicações para se comprar na loja ‘du Nilson’. Anos depois, o comércio ganhou o nome Dunil, que se tornou mais tarde uma referência em moda social masculina, em uma que não tinha shopping. Quatro décadas depois, e uma Capital bem diferente, a empresa sobrevive, no mesmo ponto onde tudo começou, após ter tido 15 filiais.

“Foi uma expansão que durou muitos anos, tínhamos mídia forte, que valorizou o sucesso em 1986 das 15 lojas com o nome Dunil, em cidades de Mato Grosso do Sul além da Capital, e também no Estado de São Paulo, em Presidente Prudente. Muita gente pensava que era franquia mas não era. A Dunil era uma empresa familiar, que expandiu com lojas onde o primeiro dono era sócio e parentes dele eram associados”, explica o sócio de Nilson, um colaborador da Dunil há trinta anos, hoje também sócio da loja da Rua Sete de Setembro.

O parceiro de três décadas é Jailson, que começou na Dunil aos 19 anos, e hoje atende os clientes com a mesma energia aos 50. Para ele,o diferencial da loja é o atendimento, baseado na proximidade com os clientes, que permite a ele principalmente, e à equipe de sete vendedores, oferecer como plus uma consultoria de moda. Regalia que já serviu a políticos importantes da história do Estado, que ele, nem Nilson preferem listar, com medo de esquecer algum nome ou citar uma personalidade antes da outra. 

“Várias figuras importantes de Mato Grosso do Sul foram vestidas por nós, e ainda são. Prefiro não informar quem, mas digo que são homens elegantes com referência pública, que sabem da importância em estar bem vestido, e de acordo com a ocasião que freqüentam. O homem público moderno precisa saber dessa exigência, em uma Sociedade que julga com uma rapidez muito maior que antes”, especifica Jailson. 

A necessidade tem o aval de Maria Cristina de Lima, cliente que há muitos anos compra na loja da Rua Sete de Setembro, mesmo quando a Dunil ainda oferecia a seus clientes outros pontos em Campo Grande. Segundo a pedagoga a escolha é pela identificação com a loja, com o atendimento de Jaílson, além de outras vantagens práticas.

“Ele conhece bem o gosto do meu marido, que sempre compra aqui, então me facilita muito porque a dica na loja é infalível, seja pela qualidade do produto, assim como pela adequação da medida. Acho que isso ajudou muito a construir essa fidelização. Para mim o fato da Dunil ser longe da zona mais movimentada do Centro de Campo Grande é uma vantagem, pois ajuda a encontrar melhor vagas para se estacionar. Prefiro aqui do que em um shopping”, diz.

O elogio da cliente significa um alívio para o capítulo atual da Dunil que por ora não planeja uma outra filial, ou uma loja em algum dos shoppings da Capital. Esse tipo de empreendimento simbolizou na história de 41 anos da empresa um ‘divisor de águas’ aliás. A Dunil foi a primeira loja de comércio local a se instalar no Shopping Campo Grande, 1989, ficando por lá até 2004. 

“Não lembro o ano, mas foi na década de 90, tive o privilégio de atender o Chico Anísio, o que para mim e para a Dunil foi muito especial. Ele foi até a loja que tínhamos no Shopping Campo Grande para comprar um blazer, que usaria depois em uma apresentação aqui na cidade. A indicação é o melhor tipo de Marketing para uma empresa que confia no seu produto e na qualidade do seu atendimento. Demos sorte também, já que o blazer de viagem do Chico tinha rasgado”, diz Jailson que apesar do glamou do Shopping prefere a experiência de venda no Centro de Campo Grande.